Abstract
This work aimed at discussing the association made between the anthropological concept of culture and the broadening of the scope of the notion of heritage that has occurred since the beginning of the 21st century, specifically with regard to the policies established for the protection of intangible cultural heritage. It has been argued that because it is polysemic, the anthropological concept of culture had been related to the notion of heritage since the first quarter of the 20th century, that is, almost a century before. What has changed is the meaning attributed to both categories. In addition, it was discussed that an expansion of the heritage category is the result of the action of the most diverse social actors in the demand for differential cultural rights, operating with a specific political-cultural grammar, which dynamized enunciations such as multiculturalism, cultural diversity and representation, seeking a non-hierarchical vision of culture, which directly impacted on the conceptualization of heritage and the policy of protection of cultural goods. To this end, as a way of delimiting the discussion, it was decided to work with documents produced by the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) in the period, since it is a protagonist agent and arena with regard to policies for the protection of cultural goods. Keywords: heritage, anthropological concept of culture, immaterial heritage, cultural diversity.
Highlights
Contudo, queremos demonstrar aqui que o conceito de cultura dentro do campo da antropologia é polissêmico e variou no tempo e, nessa medida, teve impactos diversos na delimitação dos bens culturais protegidos durante o último século
*** Desde sua fundação, em 1946, a UNESCO dedicou-se a promover uma discussão sobre os meios e as ações de proteção dos bens culturais em todas as nações
Vemos que o conceito de cultura relacionado ao patrimônio foi sempre antropológico, porém, uma aproximação com uma perspectiva não hierarquizante se dá numa longa duração e envolveu os mais diversos atores sociais: organismo internacionais, academia, mas sobretudo a ação de grupos minoritários da sociedade civil, que passaram a questionar a posição de Estados e organismos internacionais quanto a representatividade dos patrimônios e bens culturais alvos de políticas públicas e demandar por inclusão simbólica
Summary
Queremos demonstrar aqui que o conceito de cultura dentro do campo da antropologia é polissêmico e variou no tempo e, nessa medida, teve impactos diversos na delimitação dos bens culturais protegidos durante o último século. Compreende-se, portanto, que os processos de definição e nomeação de patrimônios, sobretudo com apoio da ação da UNESCO, refletiram conjunturas nacionais e foram retroalimentados sobre o que foi disposto por essa organização, colaborando para a construção das nações como comunidades imaginadas.
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