Abstract

A herança genética da resistência ao glyphosate em capim-amargoso (Digitaria insularis) pode ajudar a entender sua disseminação, porém a mesma não foi previamente caracterizada. Estas informações são essenciais para o entendimento da evolução de resistência à herbicidas na agricultura e o fluxo gênico entre plantas resistentes e suscetíveis. Portanto, o objetivo desta pesquisa foi investigar a herdabilidade dos genes de resistência entre os biótipos resistente e suscetível ao glyphosate, através da determinação da suscetibilidade dos biótipos na progênie F1. Para isso foi comparada a suscetibilidade da geração F1 dos biótipos resistente (MG) e suscetível (S), que permaneceram isolados ou induzidos à polinização cruzada através do acondicionamento de panículas em sacos de polinização. O grau de suscetibilidade ao glyphosate foi medido através de curvas de dose-resposta da progênie F1. A geração F1 de plantas oriunda de um possível cruzamento entre os biótipos demonstrou o mesmo padrão de suscetibilidade ao glyphosate que a progênie oriunda da planta mãe. Comparando as médias dos biótipos resistentes com os suscetíveis ao glyphosate foi calculado um fator de resistência de 4,01. Conclui-se que não há a transferência de genes de resistência após indução ao cruzamento entre biótipos, sendo necessários mais estudos para determinar se isso ocorreu devido à espécie ser exclusivamente autógama ou se a resistência é poligênica, não seguindo o modelo de hereditariedade monogênica. Desta forma, a dispersão da resistência do capim-amargoso pode ser atribuída à disseminação de suas sementes, e não à transferência gênica entre biótipos pela polinização cruzada entre plantas, pois o trabalho evidência fecundação cruzada em taxas imperceptíveis pelo estudo.

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