Abstract

O tema das moradias assistidas é recente tanto nos debates públicos quanto na legislação brasileira. Com um trabalho etnográfico realizado na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, junto a mães de adultos com deficiência cognitiva que se organizaram enquanto um movimento que luta pela causa das moradias assistidas, proponho, neste trabalho, uma reflexão sobre deficiência e práticas de cuidado que parta de suas práticas e discursos. Ao buscar arranjos outros que não junto ao seio familiar, essas mulheres trazem à tona julgamentos que muito dizem sobre a experiência da deficiência. Foco, portanto, minha análise nas tensões, controvérsias e acusações morais que permeiam este pleito para, com isto, chamar atenção para os modos como suas trajetórias são perpassadas por regimes em que tanto a deficiência quanto os trabalhos do cuidado são desvalorizados. Argumento, por fim, que discussões que versam sobre a promoção de direitos, autonomia e independência das pessoas com deficiência devem vir acompanhadas de uma reflexão acerca da experiência das cuidadoras, em especial das mães. Uma experiência que permite uma melhor compreensão sobre os modos pelos quais a deficiência cognitiva é percebida e abordada em nossa sociedade.

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