Abstract
Os (grandes) incêndios que ocorreram em Portugal, em 2017, refletem uma alteração no risco e na percepção do risco de incêndios florestais? Houve sempre incêndios nas florestas no sentido de fogos fora de controlo. Mas será que os incêndios que ocorreram em Portugal entre 17 e 24 de Junho e entre 14 e 16 de Outubro assinalam um padrão diferente nas respectivas causas e propagação, intensidades, consequências e enquadramento social e político? Quais serão os impactos na percepção pública da segurança ou do risco? O autor procura nos media nacionais e internacionais e em relatórios técnicos respostas a estas perguntas.
Highlights
Os incêndios florestais que ocorreram em Portugal Continental em 2017 constituíram um acontecimento nacional relevante que colocou em causa o Estado e levantou dúvidas sobre a segurança dos cidadãos. 90 Questionou o modo de gerir riscos públicos
Uma catástrofe de grandes dimensões propicia o desvelamento de problemas sociais graves, nomeadamente padrões de desigualdades e de carências
O Complexo de Incêndios de Pedrógão Grande e Concelhos Limítrofes, Iniciado a 17 de Junho de 2017, Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, Universidade de Coimbra, Coimbra, 238 p
Summary
A caracterização e mitigação dos riscos tem como base modelos (existem diversos modelos de risco conforme se pode constatar em Betâmio de Almeida, 2011 e Lourenço e Betâmio de Almeida, 2018) que ajudam a estruturar a análise e compreensão dos factos. Para cada cenário em análise, o modelo linear considera uma cadeia de causalidade sequencial: 1) caracterização de um processo potencialmente perigoso que ocorra com uma determinada Severidade; 2) identificação da propagação e impacto em pessoas e bens expostos; e 3) estimação de perdas e danos associados à Vulnerabilidade, em função da intensidade do processo e da resistência do exposto. Todas as dimensões envolvidas em eventos complexos com uma componente social relevante, como é o caso dos riscos públicos. A percepção social do risco e das catástrofes é uma dimensão cada vez mais relevante na gestão da vulnerabilidade de riscos públicos, nomeadamente pelo efeito psicológico da confiança nas instituições e dispositivos de segurança. Os relatórios da CTI (2017 e 2018) e da Universidade de Coimbra (Viegas, 2017) contêm informação sintética sobre esta matéria
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