Abstract

O exercício de mapeamento através de imagens satélites de média ou alta resolução em grande extensão é um procedimento dispendioso em termos computacionais. Pode levar dias ou semanas para obter os mapas finais. Para aumentar a velocidade de procedimentos demorados, o uso de supercomputadores é uma prática comum. GoogleTM desenvolveu um produto projetado especificamente para fins de mapeamento (Earth Engine), permitindo que os usuários aproveitem seu poder de computação e a mobilidade de uma solução baseada em nuvem. Neste trabalho, exploramos a viabilidade de utilizar esta plataforma para o mapeamento de cobertura do solo e a dinâmica através do tempo, fazendo uso de imagens de satélite, como aplicação foi realizado o mapeamento da cordilheira Vilcanota no Sudeste do Peru, com o objetivo de analisar as alterações na cobertura de gelo entre as décadas 1985, 1996, 2006, 2016. Os resultados apontaram a evidencia do retrocesso na cobertura de gelo da cordilheira, mostrando que a região abaixo de 5300 metros de altitude contribuiu com a maior perda da cobertura de gelo, enquanto que a região com maiores altitudes apresentou estabilidade ou ligeiro aumento na cobertura de gelo. A metodologia pode ser facilmente aplicada a outras geleiras do mundo e desenvolver analise espaços temporais em escala global.

Highlights

  • Google Earth Engine: Mapeamento das Mudanças na Cordilheira Vilcanota-Peru Lourdes Milagros Mendoza Villavicencio; David Mendes; Lára de Melo Barbosa Andrade & Felipe Ferreira Monteiro

  • Uma das principais fontes de dados para mapeamentos de uso e cobertura do solo ao longo do tempo são as imagens obtidas através do sensoriamento remoto, usando dados de satélite multitemporais (Skole & Tucker, 1993; Yang & Lo, 2002; Ress, 2006; Vittek et al, 2014; Butt et al, 2015; Huang et al, 2017)

  • A coletânea de imagens do satélite Landsat são provenientes da United States Geological Survey (USGS), órgão responsável pelo seu processamento, sendo importante ressaltar que todas as cenas encontram-se ortorretificadas, georreferenciadas e com correção atmosférica (USGS, 2017), características que auxiliam no uso das informações, em especifico, na etapa do pré-processamento das imagens satélites

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Summary

Modelo de Digital de Elevação

O Modelo Digital de Elevação (MDE) é uma representação matemática da distribuição espacial da característica de um fenômeno, vinculada a uma superfície real, disponibilizando o produto mais comum para a extração de informações topográficas e para a modelagem de processos superficiais, como a glaciação (Bolch et al.,2005). O modelo digital de elevação utilizado para o presente trabalho foi o Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) 1 Arc-Second Global, resolução 30 metros. O SRTM foi um projeto de cooperação entre a National Aeronautics and Space Administration (NASA), National Geospatial-Intelligence Agency (NGA) e as agências espaciais Alemã e Italiana. Esse projeto gerou um Modelo Digital de Elevação quase global, que recobre as áreas continentais situadas entre as latitudes 60oN e 56oS, o que corresponde a aproximadamente a 80% do total de massas terrestres (NASA, 2018). Para o presente trabalho foi utilizado o MDE, com objetivo de identificar em termos de altitude a presença de gelo e as mudanças ocorridas

Metodologia
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Conclusões
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