Abstract

Este trabalho realiza uma leitura da interseccionalidade entre raça e gênero no Brasil do período colonial, tendo como corpus a obra Xica da Silva: a cinderela negra, de Ana Miranda, e o cenário político e sócio-histórico do País do século XVIII. O objetivo central é analisar o espaço ocupado pelas mulheres nas produções literárias feministas da atualidade, interessando verificar como esse espaço reflete a formação cultural do país, tendo em vista a interseccionalidade gênero/raça na obra em questão. Na perspectiva de interlocução entre literatura e política, os procedimentos metodológicos do estudo estão embasados na pesquisa bibliográfica e na análise de conteúdo, com o aporte da noção de interseccionalidade. A ideia defendida é a de que o registro da história das mulheres propicia outras releituras da história oficial, com narrativas que podem ser marcadas pela passagem de uma postura social de subalternidade para a de valoração e legitimação da voz social aceita entre a produção literária circulante no campo cultural. Nesses termos, a obra literária servirá de proposta para uma leitura da interseccionalidade entre raça e gênero no contexto histórico colonial. Os resultados do estudo indicam que Xica da Silva foi única, considerada como um caso de exceção da condição da mulher negra no Brasil.

Highlights

  • This paper offers a reading of the intersectionality between race and gender in Brazil from the colonial period, having as corpus the work Xica da Silva: a cinderela negra, by the Brazilian author Ana Miranda, and the political and socio- historical eighteenth century country

  • In the Brazilian case, it is important to verify how this place reflects the cultural formation of the country, in view of the gender / race intersectionality

  • In the perspective of interlocution between literature and politics, the methodological procedures of the study are based on bibliographical research and content analysis, with the contribution of the notion of intersectionality

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Summary

OPEN ACCESS

Resumo: Este trabalho realiza uma leitura da interseccionalidade entre raça e gênero no Brasil do período colonial, tendo como corpus a obra Xica da Silva: a cinderela negra, de Ana Miranda, e o cenário político e sócio-histórico do País do século XVIII. O objetivo central é analisar o espaço ocupado pelas mulheres nas produções literárias feministas da atualidade, interessando verificar como esse espaço reflete a formação cultural do país, tendo em vista a interseccionalidade gênero/raça na obra em questão. A ideia defendida é a de que o registro da história das mulheres propicia outras releituras da história oficial, com narrativas que podem ser marcadas pela passagem de uma postura social de subalternidade para a de valoração e legitimação da voz social aceita entre a produção literária circulante no campo cultural. A obra literária servirá de proposta para uma leitura da interseccionalidade entre raça e gênero no contexto histórico colonial.

Apesar de o médico não comprar a alforria de
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