Abstract
Este artigo pretende discutir, no contexto cubano, as operações de enquadramento de gênero que tornam certos sujeitos e grupos reconhecíveis e valorizáveis, enquanto outros são claramente destituídos de respeito e consideração. Argumentamos que o desrespeito envolve a produção de narrativas e enunciados que traçam distinções valorativas entre modos de vida considerados dignos e aqueles amplamente percebidos como menosprezáveis. Nessecontexto, a autonomia envolve, assim, um jogo delicado de poder entre a invizibilização biopolítica de constrangimentos às ações dos sujeitos e a visibilizaçãode experiências que não são totalmente identificadas pelos padrões de dominação. A partir de um acontecimento midiático recente, refletimos sobre a configuração política da opressão e da discussão sobre gênero em Cuba.
Highlights
Introdução O sonho transformador da Revolu‐ ção Cubana encaixou‐se não apenas nos moldes da ideologia marxista ‐leninista, mas nas interpretações assumidas por seus líderes políticos e na herança forçosa do paradigma so‐ viético
A busca coletiva dos cubanos por uma sociedade mais justa e equitativa se deparou com políticas implementadas oficialmen‐ te que limitaram as possibilidades de alcançar efetivamente um equilíbrio entre os princípios de socialização da produção e o protagonismo dos sujeitos políticos (Marques & Herrera, 2016)
A partir dessas considerações, abordamos aqui o papel de atores da esfera intelectual e artística cubana, assim como de novos meios alternati‐ vos online, no processo de transforma‐ ção do panorama político na Ilha em direção a uma sociedade mais plural e inclusiva (Hernández & Herrera, 2017)
Summary
Introdução O sonho transformador da Revolu‐ ção Cubana encaixou‐se não apenas nos moldes da ideologia marxista ‐leninista, mas nas interpretações assumidas por seus líderes políticos e na herança forçosa do paradigma so‐ viético. A busca coletiva dos cubanos por uma sociedade mais justa e equitativa se deparou com políticas implementadas oficialmen‐ te que limitaram as possibilidades de alcançar efetivamente um equilíbrio entre os princípios de socialização da produção e o protagonismo dos sujeitos políticos (Marques & Herrera, 2016).
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