Abstract

Esse trabalho pretende investigar o filme A grande guerra (1959), do diretor italiano Mario Monicelli. Acusado de anti-patriotismo à época de seu lançamento, a obra revisita os conflitos da Primeira Guerra Mundial em um registro cínico e tragicômico. Monicelli é considerado um dos nomes mais expressivos do gênero das Commedia all'italiana, um estilo popular que dominou o cinema italiano nas décadas de 60 e 70, caracterizado pela crítica social e sátira de costumes. Com A Grande Guerra, o diretor consagrou-se como referência na cinematografia mundial ao realizar uma das primeiras produções na Itália a desviar do padrão e retratar a primeira guerra fora dos moldes fascistas de representação. A partir de uma análise de seus recursos narrativos e dispositivos visuais, essa comunicação busca explorar as conexões que o filme de Monicelli estabelece com a história, particularmente em relação à retórica de propaganda do cinema da era fascista.

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