Abstract
Enquadramento: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), um serviço do Sistema de Saúde Brasileiro, é influenciado por determinantes económicos, políticos e simbólicos, tornando-se um sistema de interesses e uma arena de conflitos. Objetivos: Compreender como as práticas de poder configuram as relações e os limites profissionais no SAMU de Belo Horizonte, Brasil. Metodologia: Trata-se de um Estudo de Caso qualitativo que se utilizou do referencial pós-estruturalista. Resultados: Sob a ótica dos limites profissionais e das delimitações territoriais no trabalho do SAMU, percebe-se as dificuldades para reconhecerem o grupo enquanto equipa de trabalho, enquanto os seus discursos reforçam a histórica dominação da classe médica sobre os demais profissionais. Conclusão: Para os profissionais do SAMU um dificultador é identificar e compreender os tênues limites entre o seu espaço de trabalho e o dos outros, já que o seu espaço de atuação corresponde a todo território da cidade e tentar delimitá-lo é um desafio maximizado pela fragmentação dos serviços de saúde e dos conflitos existentes, os quais favorecem ações individualistas prejudiciais à proposta de integração do sistema de saúde.
Highlights
The Mobile Emergency Care Service (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU), which is provided by the Brazilian Health System, is influenced by economic, political and symbolic determinants, making it a system of interests and an area of conflicts
To understand how power practices shape relationships and professional boundaries at the SAMU of Belo Horizonte, Brazil. This is a qualitative case study based on the poststructuralist framework
From the perspective of professional and territorial boundaries in the work performed at the SAMU, there are difficulties in recognising the group as a work team, while its discourses reinforce the historical dominance of the medical profession over the other professions
Summary
Gerenciamento da diferença: relações de poder e limites profissionais no serviço de atendimento móvel de urgência. Enquadramento: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), um serviço do Sistema de Saúde Brasileiro, é influenciado por determinantes económicos, políticos e simbólicos, tornando-se um sistema de interesses e uma arena de conflitos. Objetivos: Compreender como as práticas de poder configuram as relações e os limites profissionais no SAMU de Belo Horizonte, Brasil. Conclusão: Para os profissionais do SAMU um dificultador é identificar e compreender os tênues limites entre o seu espaço de trabalho e o dos outros, já que o seu espaço de atuação corresponde a todo território da cidade e tentar delimitá-lo é um desafio maximizado pela fragmentação dos serviços de saúde e dos conflitos existentes, os quais favorecem ações individualistas prejudiciais à proposta de integração do sistema de saúde. Palavras-chave: serviços médicos de emergência; equipe de busca e resgate; prática profissional; relações interprofissionais
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