Abstract

O autor investiga, neste artigo, a questão comunicacional na obra batalliana e aponta para uma leitura transdisciplinar. Bataille tem uma obra única, que desafia os modos de explicação convencionais. Joron vê na obra de Bataille mais do que uma literatura pornográfica e destaca, entre outros pontos, o que o autor - e esta é uma das maneiras com que Bataille encara a comunicação - chama de soberania, ou seja, comunicação forte.

Highlights

  • RESUMO O autor investiga, neste artigo, a questão comunicacional na obra batalliana e aponta para uma leitura transdisciplinar

  • As atividades no Collège de Sociologie Sacrée entre 1937 e 1939, que Bataille compartilhava com Roger Caillois e Michel Leiris, confirmam este interesse inusitado por qualquer forma de comunicação entendida como sagrada e, pois, soberana: “A sociologia sagrada pode ser considerada como o estudo não apenas das instituições religiosas, mas também do conjunto do movimento comunhal da sociedade” (Bataille, 1970, p. 291)

  • Quando uma vida se desfaz e nos faz assumir a fraternidade de uma comunhão que nos eleva assim como nos confina, então nós integramos, parcialmente, uma comunicação a respeito da qual nós não sabemos ainda a exata proporção: a morte revela aos vivos seu estado de descontinuidade e, nesta comunhão que os aproxima espiritualmente diante de uma lúgubre decomposição que eles podem sofrer, eles alcançam o ponto sensível de sua união, provando a eles mesmos a junção indefectível do laço social

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Summary

Georges Bataille e a comunicação soberana*

RESUMO O autor investiga, neste artigo, a questão comunicacional na obra batalliana e aponta para uma leitura transdisciplinar. Bataille tem uma obra única, que desafia os modos de explicação convencionais. Joron vê na obra de Bataille mais do que uma literatura pornográfica e destaca, entre outros pontos, o que o autor - e esta é uma das maneiras com que Bataille encara a comunicação - chama de soberania, ou seja, comunicação forte. PALAVRAS-CHAVE comunicação imaginário sociologia ABSTRACT The author investigates in this article the subject communication in Batailles work. Bataille has an unique work, which challenges the conventional explanation moder. Joron sees in the work of Bataille more than a pornographic literature, punctuating, among other things, his concept of sovereignty, which means, for him, strong communication.

Philippe Joron
Núcleo social e interatração
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