Abstract

O artigo trata do tema dos fundos de pensão brasileiros como um processo de construção social. Pretende mostrar como as transformações sofridas por estas entidades nos últimos dez anos refletem uma lógica social segundo a qual a definição de seu "real significado" se torna objeto de disputa por parte de diversos agentes coletivos. Esses agentes são os seus dirigentes tradicionais, os quadros financeiros que cresceram, grosso modo, durante os mandatos de FHC, e os dirigentes sindicais que, tendo decaído em importância com a queda da inflação no mesmo período, tentaram reconverter-se na administração das entidades. Na primeira parte do texto, apresenta-se um apanhado da história recente dos fundos. Na segunda, ensaia-se uma discussão teórica que propõe estabelecer os sentidos sociais da disputa e suas conseqüências para o entendimento da cena econômica brasileira contemporânea.

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