Abstract

Este trabalho analisou o desempenho de 31 fundos mútuos comportamentais atuantes nos EUA, Europa e Japão descritos em Santoni e Kelshiker (2010). Foram observados os desempenhos dos fundos e seus respectivos Benchmarks em quatro indicadores: Índice de Sharpe, Índice de Sortino, Medida Ômega e Medida de Desempenho Comportamental. O horizonte da análise foi de 10 anos (jan/04 a dez/14) dividido em intervalos de 6, 12, 36, 60 e 120 meses. A partir da consolidação dos indicadores os fundos foram ranqueados e classificados em três faixas de desempenho: superior, intermediário e inferior. No intervalo de 120 meses não houve, na média geral, diferença de desempenho significativa (a 5%) entre os fundos e os Benchmarks. A análise por intervalos indicou que o desempenho dos fundos em relação aos Benchmarks piora conforme aumenta o prazo de aplicação. Nos intervalos mais curtos (6 e 12 meses) não houve, na média, diferença de desempenho significativa enquanto nos prazos mais longos (36 e 60 meses) o desempenho médio dos fundos foi significativamente inferior aos Benchmarks. Na média de todos os intervalos o desempenho médio dos fundos foi significativamente inferior aos Benchmarks.

Highlights

  • O campo de estudo das finanças comportamentais tem como marco inicial a publicação do trabalho “Prospect theory: an analysis of decision under risk” de Kahneman e Tversky (1979)

  • Importantes divergências entre os resultados empíricos observados nos seus experimentos com escolhas de prospectos e o modelo previsto pela Teoria da Utilidade Esperada

  • Em ambos os testes de ANOVA realizados (Welch e Brown-Forsythe) foi observada significância a 0,1% para as diferenças entre as médias dos fundos na variável Fator Geral em todos os prazos de aplicação

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Summary

Introdução

O campo de estudo das finanças comportamentais tem como marco inicial a publicação do trabalho “Prospect theory: an analysis of decision under risk” de Kahneman e Tversky (1979). Esse trabalho apresenta a Teoria do Prospecto que é uma revisão crítica da Teoria da Utilidade Esperada, desenvolvida por von Neumann e Morgenstern (1944), até então uma das bases da moderna teoria de finanças, especialmente quanto à sua premissa de comportamento racional dos indivíduos em decisões arriscadas, traduzido pela busca da maximização da utilidade. Posteriormente atualizado na Teoria do Prospecto Cumulativa (Tversky e Kahneman, 1992), os autores apontaram. Importantes divergências entre os resultados empíricos observados nos seus experimentos com escolhas de prospectos e o modelo previsto pela Teoria da Utilidade Esperada. Um exemplo do interesse pelas finanças comportamentais pode ser observado na indústria de fundos. O objetivo principal deste trabalho é analisar o desempenho dos fundos comportamentais. Como contribuição à literatura deste campo de estudo pode-se destacar: i) a análise do impacto dos prazos de aplicação sobre o desempenho dos fundos comportamentais; e ii) a utilização inédita de indicadores como a Medida de Desempenho Comportamental e a Medida Ômega na análise de fundos comportamentais

Referencial teórico
Metodologia
Apuração das Variáveis
P1: Os fundos apresentaram desempenhos significativamente diferentes entre si?
P2: Como as variáveis analisadas afetaram o desempenho dos fundos?
Findings
Conclusões
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