Abstract
Resumo O artigo analisa a atuação da Comissão brasileira de seleção de refugiados na Europa após a Segunda Guerra Mundial sob ótica dos estudos críticos da mobilidade. Foi investigado um conjunto documental composto por estudos preparatórios e por relatórios do chefe da Comissão em 1946-1947, Artur Hehl Neiva. Argumenta-se que a Comissão foi uma forma singular que as políticas de branqueamento tomaram no pós-guerra. Destacam-se elementos que permitem pensar a atuação da Comissão como uma manifestação de fronteira inteligente avant la lettre, que operava por meio da classificação hierárquica e da inserção diferencial dos refugiados.
Highlights
Some preparatory studies and reports of the Commission members, mainly the ones written by Artur Hehl Neiva, its chief in 19461947, were investigated
The case is considered as a smart border avant la lettre, that operated through hierarchical classification and differential inclusion of refugees
Com base em aparato conceitual desenvolvido no âmbito dos estudos críticos da mobilidade e em diálogo que estes empreendem com o pensamento de Michel Foucault sobre o poder, o objetivo do presente texto é pensar a Comissão brasileira de seleção de deslocados de guerra na Europa como um exemplo de fronteira desterritorializada e de inclusão diferencial, ancorada nos princípios de eugenia e branqueamento
Summary
O artigo analisa a atuação da Comissão brasileira de seleção de refugiados na Europa após a Segunda Guerra Mundial sob ótica dos estudos críticos da mobilidade. Foi investigado um conjunto documental composto por estudos preparatórios e por relatórios do chefe da Comissão em 1946-1947, Artur Hehl Neiva. Argumenta-se que a Comissão foi uma forma singular que as políticas de branqueamento tomaram no pós-guerra. Destacam-se elementos que permitem pensar a atuação da Comissão como uma manifestação de fronteira inteligente avant la lettre, que operava por meio da classificação hierárquica e da inserção diferencial dos refugiados. Palavras-chave: fronteira desterritorializada; inclusão diferencial; refugiados; deslocados de guerra; Artur Hehl Neiva
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