Abstract
RESUMO Este trabalho teve como objetivo determinar a frequência e os possíveis fatores de risco as-sociados à ocorrência da Leucose Enzoótica Bovina (LEB) na bacia leiteira do Estado do Maranhão. Amostras de soro de 920 animais da raça girolanda foram submetidas à técnica de imunodifusão em gel de ágar. O estudo foi realizado em 92 propriedades leiteiras, pertencentes a 23 municípios localizados nas regionais de Açailândia, Bacabal, Ilha de São Luís, Imperatriz e Pedreiras. Em cada propriedade avaliada, aplicou-se questionário epidemiológico para investigar os fatores de risco que poderiam estar associados a esta infecção. Das 920 amostras de soro analisadas, 53,80% foram reagentes. Nas regionais obtiveram-se frequências de 63,50%, 61,87%, 60,62%, 41,18% e 30,83%, para Bacabal, Ilha de São Luís, Pedreiras, Imperatriz e Açailândia, respectivamente. Nos 23 municípios amostrados foram encontrados animais reagentes, com detecção de bovinos sorologicamente positivos em 98,91% das propriedades. Dentre os fatores de risco avaliados, uso repetido da mesma agulha para colheita de sangue ou vacinação, uso repetido da mesma luva obstétrica, estabulação dos animais e ausência de assistência veterinária apresentaram significância estatística (P < 0,05) associada à LEB. Os resultados do estudo indicam que a frequência de anticorpos para a Leucose Enzoótica Bovina foi elevada na bacia leiteira do Estado do Maranhão e que os fatores relacionados ao manejo estiveram associados ao risco de infecção nos bovinos.
Highlights
High in dairy herds of the state of Maranhão and that factors related to livestock management were associated with the risk of enzootic bovine leukosis (EBL) infection
O prefixo retro origina-se da enzima transcriptase reversa (DNA polimerase RNA - dependente) que está presente nos vírions de todos os membros da família, responsável pela síntese de DNA a partir do RNA viral (Internacional Committee on Taxonomy of Viruses, 2009)
A observação de alta frequência de animais reagentes para Leucose Enzoótica Bovina (LEB) em praticamente todos os rebanhos e em todos os municípios estudados demonstra a ampla distribuição desta doença na população bovina da bacia leiteira do Estado do Maranhão, com pequenas variações entre os municípios de algumas regionais
Summary
O Estado do Maranhão ocupa uma área territorial de aproximadamente 331.918 km, está situado a noroeste da região Nordeste, localizado a 05o 05’ 12” latitude sul e 42o 48’ 42” a oeste do Meridiano de Greenwich, com uma precipitação pluviométrica de 197 mm e temperatura média de 26o C, possui um efetivo bovino de aproximadamente 6.600.000 cabeças, sendo 625.000 (9,47%) de exploração leiteira (Atlas do Maranhão, 2006; IBGE, 2008). Essas regionais não são todas contíguas, existindo três aglomerações distintas: Ilha de São Luís, ao nordeste; Bacabal e Pedreiras, ao centro; e Açailândia e Imperatriz, a oeste (Fig. 1). Os rebanhos criados na bacia leiteira do Estado do Maranhão são formados geralmente por até 50 cabeças, sendo a maioria de vacas em lactação, seguida por bezerros (as), vacas secas, novilhas de reposição, e um ou dois touros por rebanho. No Laboratório de Virologia do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e, posteriormente, estocado à temperatura de -20° C até a realização da técnica sorológica no Laboratório de Virologia do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have
Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.