Abstract
Este texto apresenta os resultados de uma análise dos processos cognitivos empregados por cinco aprendizes de português como L2 para a inferência de expressões idiomáticas (EIs) a partir do conceito de frames cognitivos e interacionais de Fillmore (1982) e Fillmore e Baker (2010). A análise dos dados, coletados através da técnica de protocolos verbais, sugere que o potencial explanatório da teoria proposta pelos autores é aplicável também à compreensão dos processos de atribuição de significado de EIs na língua-alvo, seja através do conceito de frames cognitivos, seja através do conceito de frames interacionais.
Highlights
Este texto apresenta os resultados de uma análise dos processos cognitivos empregados por cinco aprendizes de português como L2 para a inferência de expressões idiomáticas (EIs) a partir do conceito de frames cognitivos e interacionais de Fillmore (1982) e Fillmore e Baker (2010)
Na quinta e última seção avaliamse os resultados obtidos, visando (i) a oferecer uma compreensão mais detalhada do processamento inferencial de EIs por aprendizes de uma L2, a partir da inclusão de princípios da teoria semântica de frames a achados de estudos na área, como também (ii) a propiciar uma reflexão sobre as possibilidades de transposição didática desses resultados
O questionamento de como nosso conhecimento está organizado e estruturado tem resultado na elaboração de teorias diversas, às quais tem se seguido um número mais ou menos expressivo de estudos
Summary
A compreensão dos vocábulos de uma determinada língua ocorre necessariamente dentro de um contexto social e linguístico específico, e a esse contexto Fillmore (1982) denomina de frame. A esse respeito, Fillmore e Baker (2010) lembram que: Qualquer discussão sobre uma ‘abordagem de frames’ com relação à análise semântica deve primeiramente fazer uma distinção entre (1) o modo como as pessoas empregam frames cognitivos para interpretar suas experiências, independentemente de essas se darem através da linguagem, (2) e a Semântica de Frames como o estudo da forma que, como parte de nosso conhecimento da linguagem, nós associamos formas linguísticas [palavras, frases fixas, padrões gramaticais] às estruturas cognitivas – os frames – que determinam o processo (e o resultado) da interpretação dessas formas Relembrando que este texto propõe uma reflexão sobre os processos cognitivos utilizados por aprendizes de português como L2 durante a atribuição de significado a EIs na L2s com base na teoria semântica de Fillmore, como também sobre as implicações da compreensão desses processos no ensino-aprendizagem de EIs em língua estrangeira, a próxima seção discorre sobre a relação entre expressões idiomáticas e ensino-aprendizagem de L2
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