Abstract
Este artigo analisa as formas de representação de cidades em duas ilustrações produzidas por volta de 1600: a gravura de Macau, por Theodor de Bry, e a vista de Quioto, atribuída a Iwasa Katsumochi Matabei. Investiga-se a relação entre formas de representação fragmentária e global em ambas as imagens. A gravura europeia da cidade retrata o espaço urbano como um todo, enquanto a pintura japonesa representa uma série de fragmentos separados por nuvens douradas. Entretanto, a imagem global da figura europeia é fragmentada pela multiplicidade de perspectivas concomitantes, ao passo que o biombo japonês tem uma ordem global subjacente gerada pela projeção cavaleira. Em ambos os casos, há interação entre olhares fragmentados e uma visão de conjunto que se relacionam de modos variados.PALAVRAS-CHAVE: Cidade oriental. Fragmento. Funaki. Iconografia. Iwasa Katsumochi Matabei. Theodor de Bry.
Highlights
the views of Kyoto attributed to Iwasa Katsumochi Matabei
total forms of representation is studied in both pictures
while the Japanese painting portrays a number of fragmentary scenes separated by golden clouds
Summary
RESUMO Este artigo analisa as formas de representação de cidades em duas ilustrações produzidas por volta de 1600: a gravura de Macau, por Theodor de Bry, e a vista de Quioto, atribuída a Iwasa Katsumochi Matabei. Investiga-se a relação entre formas de representação fragmentária e global em ambas as imagens. A gravura europeia da cidade retrata o espaço urbano como um todo, enquanto a pintura japonesa representa uma série de fragmentos separados por nuvens douradas. Entretanto, a imagem global da figura europeia é fragmentada pela multiplicidade de perspectivas concomitantes, ao passo que o biombo japonês tem uma ordem global subjacente gerada pela projeção cavaleira. Há interação entre olhares fragmentados e uma visão de conjunto que se relacionam de modos variados.
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