Abstract

A agricultura familiar é um segmento fundamental para o abastecimento alimentar, a geração de ocupações e a conservação das culturas próprias do rural brasileiro. De acordo com vários autores, a continuidade desse segmento de agricultores tem sido ameaçada pela grande emigração de jovens em decorrência de transformações ocorridas no urbano e no rural. Este artigo analisa tal situação em dois municípios do Alto Jequitinhonha, Minas Gerais - região fortemente marcada pela presença da agricultura familiar -, investigando as trajetórias emigratórias de duas gerações de agricultores. Os resultados indicam mudanças no padrão sucessório, nos níveis de escolaridade e na dinâmica tradicional de capacitação de jovens, o que influi nos percursos e na inserção dos migrantes no mercado de trabalho. O artigo conclui que, comparativamente à geração anterior, um menor número de jovens permanece no rural. Mas isto não coloca em risco a reprodução da unidade familiar, pois continuam a existir sucessores, embora estes tendam a assumir a unidade produtiva com mais idade e escolaridade do que a geração anterior.

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