Abstract
A pandemia mundial da COVID-19 que se inicia no Brasil em março de 2020, leva-nos a presenciar a finitude da vida humana de forma drástica. As desigualdades sociais se agravaram e revelam que umas/uns têm mais direito à vida do que outras e outros. Para alguns e algumas, guardar a quarentena com distanciamento social por mais de três meses provocou uma série de novos questionamentos, para além das questões pessoais da própria existência, mas, sobre o nosso futuro como espécie; as causas que nos trouxeram até esse contexto de crises, e a demanda por “Ideias para adiar o fim do mundo” (KRENAK, 2019) se tornaram ainda mais urgentes. É nesse contexto que este ensaio é pensado, dando uma chance para as inquietações que mantém a mente alerta ao mundo. Trata-se da tentativa de estabelecer intercessões entre diferentes visões que pensam a formação humana e como estas operam com o(s) sentido(s) da vida. Para tanto, mobilizo a filosofia Arendtiana a partir das categorias de natalidade e amor mundi. Opero, principalmente, com os conceitos de vida zoe e vida bios pontuados por Giorgio Agamben a partir da perspectiva Foucaltiana de biopolítica e biopoder. Por fim e, para adiar/evitar os fins, me inspiro e tento inspirar, a construção de outras Pedagogias e perspectivas formativas, de adultas/os e crianças, em diálogo com a cosmovisão indígena de Aílton Krenak (2019, 2020) e com o manifesto xamanico cosmopolítico e futurista do Davi Kopenawa (KOPENAWA; ALBERT, 2015).
Highlights
The global pandemic of COVID19, which began in Brazil in March 2020, led us to witness the finitude of human life in a drastic way
Para vida de alguém não há necessidade só de um mundo dos artefatos, mas um mundo como rede de sentidos e relações dadas dentro da pluralidade de seres que são, ao mesmo tempo, iguais e diferentes
HISTÓRICO – uso exclusivo da revista Recebido em: 04-01-2021 – Aprovado em: 13-01-2021
Summary
RESUMO A pandemia mundial da COVID-19 que se inicia no Brasil em março de 2020, leva-nos a presenciar a finitude da vida humana de forma drástica. Guardar a quarentena com distanciamento social por mais de três meses provocou uma série de novos questionamentos, para além das questões pessoais da própria existência, mas, sobre o nosso futuro como espécie; as causas que nos trouxeram até esse contexto de crises, e a demanda por “Ideias para adiar o fim do mundo” (KRENAK, 2019) se tornaram ainda mais urgentes. Para adiar/evitar os fins, me inspiro e tento inspirar, a construção de outras Pedagogias e perspectivas formativas, de adultas/os e crianças, em diálogo com a cosmovisão indígena de Aílton Krenak (2019, 2020) e com o manifesto xamanico cosmopolítico e futurista do Davi Kopenawa (KOPENAWA; ALBERT, 2015).
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