Abstract
Eu inicio por introduzir algumas citações que Peirce faz sobre Espinosa. Poucos, mas importantes comentários, sugerem que uma nova consideração da “essência” filosófica pode emergir dessa análise. Conforme lemos na Ética de Espinosa, essência (ou significado, em termos contemporâneos) não deve ser considerado como forma pura; tampouco é uma qualificação definida com designações rígidas. Significado é potência: em termos pragmáticos, como buscarei demonstrar, o poder de estar pronto para agir, expandindo a própria disposição para responder, encarnando dado hábito de modo eficaz. Assim, não procede que o significado é, de modo acabado e de uma vez por todas. Antes, este se faz na medida em que é capaz de produzir novos efeitos. Como disse Espinosa, é uma potentia agendium conatusinexaurível que sempre produz uma prontidão para perseverar na ação. Conceitos são mensuráveis à luz de seus resultados: expandem seus efeitos como uma floresta, ou onda, sem uma fronteira ou limite claros. Nossa concepção desses efeitos é o todo de nossa concepção do objeto, diz a máxima pragmática. Significado implica um vasto oceano de consequências inesperadas, Peirce escreve (CP 8.176). Em termos espinosistas: ninguém sabe até onde chega o poder da mente – ou do corpo. Lançarei mão de algumas sugestões de Giorgio Agamben e Gilles Deleuze a este respeito, construindo sobre eles para abordar a ética de Espinosa em termos pragmáticos e o pragmatismo numa forma espinosista.
Highlights
Resumo: Eu inicio por introduzir algumas citações que Peirce faz do Espinosa
Peirce refers to Spinoza and Spinozism as vital, profound currents, not at all tired or outdated
“He deplores [writes Dea] the various historical attacks on Spinoza and Spinozism” (DEA, 2014, p. 26) and, quite significantly, he inserts the Dutch philosopher into one of his last genealogies of the fathers of pragmatism, writing of the latter that it flows in different waters, but all belonging to the same river: “Of those who have used this way of thinking [pragmaticism] Berkeley is the clearest example, though Locke, Spinoza, and Kant may be claimed as adherents of it”
Summary
It was Shannon Dea, speaking from this stage in 2013, who emphasized the strong connections, both historical and philosophical, between Peirce and Spinoza. Before her, only a few scholars had highlighted the frequent occurrence in Peirce’s writings of the name of Spinoza (at least 25 times). Saying that a thing is wherever it acts, means saying, in Peirce’s vision, that a thing is wherever it produces effects and acts as a sign This sounds antinominalistic if we consider nominalism as the theory that interprets facts as singularities eminently concrete and real, with a definite form. There are some doubts as to whether Spinoza believed in the reality of universals, but the pragmatists’ basic insight goes clearly beyond these distinctions It claims that the reality of a thing lies in its capacity of expanding its own effects, affecting and being affected, operating encounters, generating new spaces for referral and signification, in a word: revealing its essence according to its power to act, and not its power to be.
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