Abstract

A obesidade mórbida é uma condição clínica que afeta a capacidade funcional, sendo a musculatura respiratória igualmente comprometida. Objetivou-se avaliar a força muscular inspiratória e expiratória de mulheres obesas mórbidas (MO) e eutróficas (ME). Estudo transversal com amostra composta por 21 mulheres (14 MO e 7 ME), pareadas pela idade e altura. A avaliação da força muscular inspiratória e expiratória foi realizada por meio da verificação das pressões inspiratória e expiratória por manovacuometria. Quando comparadas as pressões respiratórias estáticas máximas obtidas com os valores preditos para ME e MO, constata-se que as do primeiro grupo apresentam valores de P Imáx=119,14±1,9 cmH2O (152% do predito) e P Emáx=141,1±10,2 cmH2O (98,5% do predito) dentro dos limites de normalidade ou acima, enquanto no grupo de obesas mórbidas os valores de P Imáx=66±18,7 cmH2O (84,3% do predito) e P Emáx=78,4±14,2 cmH2O (54,3% do predito) foram inferiores aos preditos. Comparando-se as pressões respiratórias estáticas máximas obtidas de MO com ME, observa-se diferença significativa tanto para os valores de P Imáx (66±18,7 versus 119±1,9 cmH2O) como P Emáx (78,4±14,2 versus 141,14±10,20) com significância estatística de 0,001. Conclui-se que a força muscular respiratória é marcadamente diminuída em MO, quando comparadas a ME.

Highlights

  • Foram adotados como critérios de exclusão: instabilidade hemodinâmica no momento da avaliação, insuficiência cardíaca, doença pulmonar previamente diagnosticada, tabagismo, história de apneia do sono e/ou hipersonolência diurna avaliada pela escala de Epworth[15] e praticantes de atividades físicas regulares

  • Quando comparadas as pressões respiratórias estáticas máximas obtidas com os valores preditos para mulheres eutróficas (ME) e MO, constata-se que as do primeiro grupo apresentam valores de pressão inspiratória máxima (PImáx)=119,14±1,9 cmH2O (152% do predito) e pressão expiratória máxima (PEmáx)=141,1±10,2 cmH2O (98,5% do predito) dentro dos limites de normalidade ou acima, enquanto no grupo de obesas mórbidas os valores de PImáx=66±18,7 cmH2O (84,3% do predito) e PEmáx=78,4±14,2 cmH2O (54,3% do predito) foram inferiores aos preditos

  • This study aimed to evaluate the inspiratory and expiratory muscle strength of morbidly obese women (OW) and eutrophic women (EW)

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Summary

Respiratory muscle strength in morbidly obese and eutrophic women

Mauricio de Sant Anna Junior[1,2], Jose Egidio Paulo de Oliveira[3], João Regis Ivar Carneiro[4], Fernando Silva Guimarães[5,6,7,8], Diego de Faria Magalhães Torres[2,3,4,5,6], Adalgiza Mafra Moreno[2], José Fernandes Filho[7], Renata Carvalhal[6]. Objetivou-se avaliar a força muscular inspiratória e expiratória de mulheres obesas mórbidas (MO) e eutróficas (ME). Quando comparadas as pressões respiratórias estáticas máximas obtidas com os valores preditos para ME e MO, constata-se que as do primeiro grupo apresentam valores de PImáx=119,14±1,9 cmH2O (152% do predito) e PEmáx=141,1±10,2 cmH2O (98,5% do predito) dentro dos limites de normalidade ou acima, enquanto no grupo de obesas mórbidas os valores de PImáx=66±18,7 cmH2O (84,3% do predito) e PEmáx=78,4±14,2 cmH2O (54,3% do predito) foram inferiores aos preditos. Conclui-se que a força muscular respiratória é marcadamente diminuída em MO, quando comparadas a ME.

Força muscular respiratória e obesidade
Findings
Chest Physicians and the International Society for Heart and Lung
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