Abstract

Resumo A alimentação, além de imperativo biológico para sobrevivência e saúde humana, é revestida de significados culturais que determinam suas múltiplas expressões na sociedade. Os campos da alimentação, da nutrição, da saúde e da antropologia se interseccionam na discussão sobre práticas alimentares. Este ensaio teórico do tipo reflexivo tem como objetivo refletir sobre a relevância das práticas alimentares das mulheres de camadas populares para possível superação da insegurança alimentar e nutricional, examinando as relações estabelecidas com a comida no contexto da cozinha, de seus corpos e do acesso aos alimentos. O percurso metodológico consiste no estudo reflexivo de caráter exploratório, que recorre a fontes bibliográficas e documentais para alicerçar as análises com base em uma leitura crítica da realidade. A herança patriarcal continua delegando à mulher o papel de cuidadora familiar, o que abarca a alimentação: desde a aquisição do alimento até o preparo e fornecimento das refeições. Propomos que as práticas alimentares dessas mulheres podem impulsionar potenciais mudanças, que serviriam como ferramentas para aplicação de políticas públicas. As reflexões oferecem subsídios para o planejamento de políticas que possam empoderá-las como sujeitos de ação e reflexão crítica, abrindo uma projeção de cenários possíveis para agenciar formas de superação das inseguranças alimentares.

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