Abstract
Os documentos do magistério eclesiástico falam frequentemente de “espiritualidade dos leigos”. Para entendê-la é preciso percorrer os textos que tocam no tema desde o Concílio Vaticano II, passando pelas Conferências do CELAM, pelo magistério de João Paulo II e do Papa Francisco, chegando ao Documento 105 da CNBB. Assim, ter-se-á uma visão global dos elementos distintivos desta espiritualidade, aprofundando as suas fontes (os auxílios) e, também, as suas dimensões constitutivos. Este artigo defende que a espiritualidade laical depende essencialmente da participação da liturgia e engloba múltiplas formas, tais como a devoção popular, sem esquecer da sua necessária adaptabilidade aos diversos estados de vida.
Highlights
The documents of the ecclesiastical magisterium often speak of “spirituality of the laity”
Este estudo visa esquadrinhar os sentidos atribuídos a este tipo de espiritualidade no magistério eclesiástico a partir do Vaticano II até o Papa Francisco e o Documento 105 da CNBB, esclarecendo que a conexão entre os diversos documentos que temos desde a década de 60 é indispensável para uma visão compreensiva da natureza e das formas da vida espiritual dos fiéis leigos[4]
Dr Rudy Albino da Assunção Centro Universitário Católica de Quixadá Rua Juvêncio Alves, 660 - Centro CEP 63900-257 Quixadá, CE, Brasil v. 48, n. 2, p. 149-160, jul.-dez. 2018
Summary
O primeiro documento do Vaticano II – a Sacrosanctum Concilium (1963) nos oferece três importantíssimos parágrafos (nn. 11-13) que devem iluminar o nosso tema. De qualquer modo importa ressaltar que a vida espiritual dos fiéis (neste caso, de todos, inclusive ordenados) deve haurir da liturgia toda a sua força da Liturgia e deve se prolongar na vida cotidiana, encarnando-se, por exemplo, nos pia populi chistiani exercitia. A liturgia é vida espiritual do mesmo modo que a vida deve se guiar por uma espiritualidade litúrgica. Nesse sentido é que Alberto Beckhäuser diz: “Os números 11-13 tratam da Liturgia na vida espiritual dos fiéis. Embora a liturgia não esgote a vida espiritual dos fiéis “toda esta espiritualidade nasce da Sagrada Liturgia”[5]. A conclusão simples é: não se pode falar de espiritualidade, inclusive laical, sem falar de liturgia e de vida cotidiana, como ficará mais claro nos tópicos seguintes
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