Abstract

A cirurgia curativa do câncer de língua ocasiona sequelas que prejudicam o bom funcionamento das funções estomatognáticas. O objetivo do trabalho é descrever, por meio de estudo de caso, os achados da avaliação e a evolução da reabilitação fonoaudiológica das funções de deglutição e fala de um indivíduo de 58 anos, gênero masculino, submetido à glossectomia total em junho de 2009. Após a avaliação diagnosticou-se disfagia orofaríngea mecânica severa e alteração na articulação da fala. Na reabilitação fonoaudiológica foram utilizadas, como formas de atuação, as terapias direta e indireta. Na terapia indireta trabalhou-se controle motor oral, sensibilidade, mobilidade, motricidade, tônus e postura das estruturas adjacentes da língua resseccionada. Na terapia direta empregou-se a manobra de postura de cabeça para trás para auxiliar na ejeção de alimentos para a faringe. O paciente passou a alimentar-se exclusivamente por via oral, com a restrição de sólidos, após dez meses em tratamento. No que se refere à fala, foram utilizados exercícios de sobrearticulação, velocidade e ritmo para melhorar a sua inteligibilidade. Dessa forma, considerou-se os resultados da intervenção fonoaudiológica positivos e o paciente recebeu alta após um ano em tratamento. Conclui-se que as ressecções de língua apresentam sequelas significativas nas funções de deglutição e fala, assim sendo, é imprescindível a atuação fonoaudiológica para modificar e adaptar essas funções, além de proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente.

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