Abstract

RESUMO O Estado é responsável por criar condições normativas e infraestruturais em um determinado território. Contudo, essas ações, em alguns casos, se mostram seletivas e restritas, como no caso das concernentes ao setor de transporte e logística. As ações do Estado brasileiro destinadas à fluidez territorial na atualidade são consubstanciadas, especialmente, pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dentro desse contexto de transformações territoriais advindas com esse programa, situamos nosso trabalho, que objetiva compreender como as ações do Estado concretizadas e planejadas no âmbito do PAC estão configurando ou podem configurar a logística territorial brasileira, particularmente, a do estado do Rio Grande do Norte.

Highlights

  • The State is responsible for creating regulatory and infrastructural conditions in a given territory

  • O Estado deve ser tomado analiticamente enquanto uma forma-conteúdo (SANTOS, 2008 [1996]), que na sua essência é responsável pela ação mediadora dos conflitos e contradições arrolados no bojo das classes e grupos sociais, e até mesmo, entre indivíduos, se comportando com um ente terceiro da relação capital-trabalho (MASCARO, 2013)

  • P. Ferrovia e logística do agronegócio globalizado: avaliação das políticas públicas e privadas do sistema ferroviário brasileiro

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Summary

Compreendendo a logística e a fluidez territorial

Milton Santos (2008 [1996]) concebe o espaço como um conjunto de materialidades animadas por ordens e fluxos, agindo contraditória e indissociavelmente. A logística ganha destaque para a redução dos custos de circulação e consequente aumento da competitividade sistêmica, por conseguinte, a demanda por normas e sistemas de engenharia passa a ser o clímax das reivindicações corporativas. A partir dessas análises, acreditamos que apesar de não ser um programa com grandes novidades institucionais, o PAC tende a criar novas qualidades e quantidades no território brasileiro, aprofundando os nexos do meio técnico-científico-informacional, e consequentemente a tecnoesfera que o sustenta – esta seria o mundo dos objetos técnicos, são as próteses adicionadas ao território (SANTOS, [1993] 2009, p.50) –, e a psicoesfera que margeia e expande o sentimento de desenvolvimento presente no seu discurso – a psicoesfera é o mundo das ideias, das crenças, dos valores, das ideologias, do imaginário (SANTOS, 2009 [1993], p.50). Essa localização intencional dos objetos geográficos dentro do PAC é derivada de um macroplanejamento com vistas à integração intermodal dos sistemas de transporte no território brasileiro, mas que atendem apenas algumas intencionalidades

Os investimentos em transporte e logística no Rio Grande do Norte
Rio Grande do Norte
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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