Abstract

Florestas ribeirinhas são caracterizadas por alta heterogeneidade ambiental, onde diferentes fatores físicos e bióticos regulam o mosaico vegetacional. Embora sejam áreas prioritárias à conservação, devido a sua fragilidade e importância, poucos estudos vêm sendo desenvolvidos nestes ambientes, em especial no Rio Grande do Sul. O objetivo do presente estudo é caracterizar a composição florística e a estrutura fitossociológica de um trecho de floresta ribeirinha em Santa Maria, RS. Para o levantamento, foram demarcadas 100 parcelas de 10x10m cada, dispostas paralelamente ao curso do rio, onde todos os indivíduos arbóreos PAP > 15cm foram amostrados. Foram amostrados 2.195 indivíduos vivos e mais 137 mortos ainda em pé. Os indivíduos vivos pertencem a 57 espécies de 47 gêneros distribuídos em 26 famílias. As espécies com maiores valores de importância foram Gymnanthes concolor Spreng, Sebastiania commersoniana (Baill.) Smith & Downs, Eugenia uniflora L., Plinia rivularis (Camb.) Rotman e Sebastiania brasiliensis Spreng. O índice de diversidade (H') foi de 2,73 nats/indivíduos e a equabilidade (J') 0,69 nats/indivíduos, valores considerados intermediários em comparação a outros levantamentos. A maioria das espécies amostradas (57%) provém do oeste do Estado, características das bacias do Paraná-Uruguai, enquanto que 41% são de ampla distribuição e apenas uma espécie provém do corredor atlântico.

Highlights

  • ABSTRACT – (Floristic composition and structure of arboreal species in a riverine forest, Passo das Tropas River, Santa Maria, RS, Brazil)

  • Foram encontradas 137 árvores mortas, correspondendo a 5,87% dos indivíduos amostrados, sendo que o número de árvores mortas variou de zero a seis por parcela

  • Os autores agradecem ao Fundo de Incentivo à Pesquisa - FIPE/UFSM e ao Programa Especial de Treinamento - PET/BIOLOGIA, pelo apoio financeiro; aos revisores anônimos, pelas correções e recomendações

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Summary

Material e métodos

Caracterização da área de estudo - Santa Maria está localizada na região da Depressão Central, no Estado do Rio Grande do Sul. A área de estudo é um trecho de floresta ribeirinha, pertencente à Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, localizada em torno das coordenadas 53o45’W e 29o45’S, na divisa do campus com uma vila urbana. Para se avaliar o contingente de migração, as espécies foram separadas de acordo com os corredores seguidos para chegarem no Rio Grande do Sul, seguindo metodologia de Jarenkow & Waechter (2001). Com base na bibliografia especializada (Reitz et al 1983; Klein 1972; Rambo 1961; Tabarelli 1992; Jarenkow 1994; Jarenkow & Waechter 2001) as espécies foram caracterizadas como pertencentes ao corredor atlântico (leste) ou ao longo das bacias dos rios Paraná e Uruguai (oeste), excluindo-se a região dos pinhais.

Resultados e discussão
Myrrhinium atropurpureum Schott
FLACOURTIACEAE Banara tomentosa Clos
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolius Raddi
Número de espécies
Findings
Referências bibliográficas
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