Fisiologia e fitomassa de porta-enxerto de cajueiro sob águas salinizadas e adubação orgânica

Abstract

O uso de águas salinas na agricultura tornou-se uma alternativa em diversas regiões do mundo, contudo é necessário o desenvolvimento de técnicas para viabilizar o uso dessas águas na agricultura. Diante do exposto, objetivou-se avaliar o efeito da salinidade da água de irrigação sob as respostas fisiológicas e produção de fitomassa de porta-enxerto de cajueiro anão precoce CCP 06 associado a doses crescentes de matéria orgânica, em experimento conduzido em condições de ambiente protegido do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar da Universidade Federal de Campina Grande (CCTA/UFCG), Campus de Pombal (PB). Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizados, em esquema fatorial 5 x 4, com 3 repetições e duas plantas por parcela, sendo os tratamentos compostos de cinco níveis de condutividade elétrica da água (0,3; 1,0; 1,7; 2,4; e 3,1 dS m-1) e quatro doses de matéria orgânica (2,5; 3,5; 4,5; e 5,5% em base do volume de solo). A salinidade da água de irrigação de até 0,90 dS m-1 proporciona perdas aceitáveis de 10% na transpiração, condutância estomática e a fotossíntese líquida dos porta-enxerto de cajueiro CCP 06. A dose de MO de 2,5% proporcionou maior produção de massa seca do caule sobre o de porta-enxerto de cajueiro CCP 06 durante o período de execução do trabalho. O aumento da salinidade na água de irrigação causa os efeitos deletérios sobre a massa seca de folha, caule e raiz em ambos os períodos estudados.