Abstract

A obra de Vladímir Maiakóvski, entremeada de grandezas e engrandecida ao longo das décadas por seu poder de comoção social, apresenta um ponto-cego que, acreditamos, não pode ser deixado de lado — embora tenha sido em grande parte ignorado, em prol da imagem de força e bravura que interessaram, sobretudo, ao Regime. Assim, palavras como ‘futuro’ e ‘quotidiano’ — que, em sua obra, têm a força de conceitos —, quando levadas a sério, permitem que depreendamos a forte e ambígua relação do poeta com a necessidade de rompimento com a tradição, da qual, para ele, dependiam tanto a política quanto o amor, além da própria poesia. Trabalhar com essa dimensão de sua obra é procurar, atrás do mito criado por um governo, a dimensão de uma escrita que se ateve à tentativa de fugir da mera repetição do passado, encontrando nessa busca os seus limites.

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