Abstract

A articulação entre financeirização das commodities e a corrida global por terras constitui um importante objeto de reflexão no debate contemporâneo. Esses movimentos têm sido associados a processos múltiplos que vão desde o aumento da demanda chinesa por matérias-primas à apropriação de terras em países com abundância em recursos naturais na América Latina e na África. Com ênfase nas implicações desses processos no Brasil, o objetivo deste artigo é identificar as relações entre as dinâmicas econômicas sistêmicas e a configuração de uma economia do agronegócio e suas implicações para o aumento dos conflitos territoriais e o agravamento da questão fundiária. A metodologia consiste em revisão crítica da literatura e análise de informações institucionais. O artigo destaca que a maior complexidade do regime de acumulação contemporâneo está associada à intensa apropriação territorial e à ampliação de conflitos fundiários no Brasil.

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