Abstract

Este artigo tenciona dialogar brevemente sobre os saberes ancestrais femininos nas filosofias africanas. Para isso, apresenta uma crítica à forma como as mulheres são apresentadas no pensamento filosófico ocidental e a sua ausência na construção do pensamento da filosofia africana contemporânea, propondo a descolonização do conhecimento e de todos os sentidos. Assim, privilegiamos as vozes de mulheres negras africanas e da diáspora, falando a partir das enunci(ações) do cosmoencantamento, do ser-tão que nos habita, da escuta sensível e do feminino que nos tece desde memórias ancestrais.

Highlights

  • As lutas pela liberdade não são apenas guerras E nem terminam com o hastear das bandeiras Lutar pela liberdade é desconstruir mentiras

  • it presents a critique of the way women are presented in Western philosophical thought

  • we privilege the voices of black African women

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Summary

Abrindo caminhos

Este artigo tem o intuito de dialogar sobre a filosofia africana desde vozes femininas, privilegiando vozes de mulheres negras, o cosmoencantamento e o ser-tão que há em nós. Não apenas a estrutura do conhecimento deve ser mudada, mas também o modo como tal estrutura é escrita, (per)passada e falada, pois “o epistemicídio opera em estreita consonância com o dispositivo de racialidade na afirmação da hegemonia branca masculina na filosofia, e na deslegitimação das mulheres negras como produtoras de pensamento filosófico” Dos chamados “cânones” da filosofia ocidental, que permeiam nosso cotidiano e fundamentam a sociedade atual, supervalorizando o masculino em detrimento do feminino, onde: As mulheres carregam as condições determinadas historicamente pelos homens, sendo possuidoras de vários defeitos: histérica, faladora, caprichosa, frágil, incoerente, passiva, medrosa, fútil. Esse é um ponto importante: a ausência de mulheres, (ainda que tenha uma presença precípua do feminino) nas temáticas da filosofia africana, na sua divulgação, assim como a ausência das crianças. Ao pensarmos na diversidade da existência, pensamos o feminino de modo plural, portanto, femininos

Práxis Ancestrais Femininas
Referências Bibliográficas
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