Abstract

Estudos anteriores mostram a ocorrência regional de ferricretes associados a sedimentos aluviais quaternários no Quadrilátero Ferrífero. Esses estudos também apontam que os ferricretes podem ter retardado a dissecação fluvial em alguns vales e que elas não se formam nas condições atuais. Para testar essas hipóteses, este estudo realizou novas análises nos vales dos rios Conceição e Mango. Amostras indeformadas de ferricrete foram coletadas para caracterização micromorfológica e amostras de sedimentos foram datadas por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE). Os resultados confirmam as hipóteses anteriores. No vale do Rio Conceição, verificou-se que houve um longo tempo de acumulação no nível deposicional com ferricretes ainda encontrado no fundo do vale, em contraste com uma planície de inundação muito jovem e sem ferricretes, situação análoga à do vale do Ribeirão do Mango. As diferenças em termos de preservação do ferricrete em relação ao nível da água do Rio Conceição e a identificação de uma nova microestrutura de ferricrete no vale do Ribeirão do Mango mostram que esses materiais estão em lenta transformação e degradação, e não em construção.

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