Abstract
Os fenômenos biológicos estão sujeitos a fatores abióticos que variam de acordo com a posição geográfica, especialmente relacionados à sazonalidade do ambiente. O presente estudo avaliou por dois anos as fenofases vegetativas e reprodutivas de nove espécies em uma floresta psamófila no sul do Brasil. Foram avaliados os eventos de queda foliar, brotamento, floração e frutificação em indivíduos localizados em diferentes pontos da área de estudo. A queda de folhas foi maior no mês de julho, sendo correlacionada com a menor temperatura média mensal e o menor comprimento do dia. As espécies apresentaram um aumento nas taxas de brotação após a queda foliar, atingindo maior atividade de setembro a novembro. Floração e frutificação apresentaram ritmos variados, sendo que houve maior produção de flores durante outubro e produção de frutos maximizada em novembro. A ausência de estação seca definida sugere que as espécies não experimentam restrições hídricas em intervalos regulares. Por outro lado, os eventos fenológicos vegetativos e reprodutivos estão estreitamente relacionados às variações anuais de temperatura média e comprimento do dia.
Highlights
ABSTRACT – (Phenology of zoochorous tree species in a sandy coastal forest in Southern Brazil)
Budke et al (2005) encontraram cerca de 70% de espécies zoocóricas e 20% de anemocóricas em uma floresta estacional situada na mesma latitude do presente estudo, corroborando a relação verificada por Morellato de que quanto maior a sazonalidade climática, especialmente precipitação pluviométrica, maior a porcentagem de espécies com frutos dispersos pelo vento e, ao nível comunitário, maior será a concentração de frutos em uma determinada faixa do ano
Aspectos ecológicos da vegetação de restinga no Rio Grande do Sul, Brasil
Summary
Área de Estudo – A área de estudo localiza-se no município de Palmares do Sul, próxima à margem da Lagoa da Porteira, com ponto central próximo às coordenadas 30o21’S e 50o21’W. As proporções mensais de indivíduos em cada fenofase foram relacionadas às séries de dados de precipitação e temperatura e à média astronômica de comprimento do dia (Fig. 1), através de correlações por postos de Spearman (Zar 1996). Queda foliar e brotamento – A queda de folhas foi uma fenofase de intensidade reduzida para a maioria das espécies, com os indivíduos apresentando baixa sincronia (Tab. 1), ocorrendo num ritmo estável durante a maior parte do ano. Os indivíduos da espécie Eugenia uniflora possuíram baixa sincronia para este evento, enquanto Casearia sylvestris e Eugenia myrcianthes foram assincrônicas, embora estas espécies tenham apresentado correlações significativas com as variáveis ambientais (Tab. 2). As espécies que apresentaram maior sincronia para brotamento foram Zanthoxylum fagara, Casearia sylvestris e Lithraea brasiliensis, sendo apenas Eugenia myrcianthes, assincrônica (Tab. 1). Casearia sylvestris C. decandra Eugenia myrcianthes E. uniflora E. uruguayensis Lithraea brasiliensis Myrsine umbellata Sideroxylum obtusifolium Zanthoxylum fagara Guilda
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