Abstract

O texto interpreta o filme Febre do rato, de Cláudio Assis, à luz das concepções foucaultianas sobre a heterotopia, sobre corpos e prazeres como resistência ao dispositivo da sexualidade, bem como sobre as posteridades do cinismo antigo, entendidas aqui como manifestações contemporâneas de resistência aos processos de educação normalizadora de corpos, sexualidades e discursos. Inspirando-nos no filme, estabelecemos uma relação entre as análises foucaultianas sobre as manifestações escandalosas da arte de viver dos cínicos da antiguidade e as formas de atuação de coletivos contemporâneos de inspiração queer, como a Marcha das Vadias, cujas performances corporais exploram a potência do escândalo e do dizer-verdadeiro contra as violências que se abatem sobre mulheres e outras minorias.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call