Abstract

Este artigo se propõe a problematizar a lógica da racionalidade científica que marca políticas curriculares para formação docente. Problematizamos os encaminhamentos defendidos nas políticas curriculares, em defesa de discursos de eficiência/eficácia como respostas às demandas da sociedade por uma educação de qualidade. Nosso referencial teórico-estratégico incorpora as discussões de perspectiva pós-estrutural no currículo − a “abordagem das lógicas” −, mais especificamente, a lógica fantasmática. Tendo em vista o diálogo profícuo com Laclau e Mouffe, Glynos e Howarth, em uma perspectiva discursiva, operamos com a abordagem das lógicas sociais, políticas e fantasmáticas. Defendemos que mecanismos de abalroamento “da racionalidade”, via reconfiguração dos cenários e dos desafios da docência, apresentam-se como operadores disruptivos potentes no campo da Formação Docente. Nossa estratégia passa por outras leituras dos documentos curriculares − Parecer CNE/CP n. 22/2019, também denominado de BNC-Formação, que revisa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica. Nossas considerações finais apontam para a problematização radical do discurso das evidências no campo da formação docente.

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