Abstract
Objetivo: analisar os fatores que influenciam a qualidade de vida (QV) e o nível de desesperança de familiares de dependentes químicos (DQ). Método: participaram 104 familiares de dependentes em tratamento. Utilizou-se uma ficha de perfil sociodemográfico, o Critério de Classificação Econômica do Brasil (CCEB), a Beck Hopelessness Scale (BHS) e o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref). Resultados: constatou-se a predominância do nível moderado de desesperança e QV comprometida, principalmente no domínio meio ambiente. Estar solteiro, possuir menor renda mensal, ter familiar que usa drogas por mais de cinco anos, não estar inserido no mercado de trabalho, ter três ou menos pessoas morando na residência, não ter transporte próprio e ser pai ou mãe do usuário influenciam negativamente a QV. Familiares analfabetos e com menor renda tiveram mais desesperança. Conclusão: características sociodemográficas influenciam a QV e o nível de desesperança sendo importante implementar políticas que melhorem esses dados para obter melhores índices de QV e desesperança.
Highlights
Objective: To analyze the factors that influence the quality of life (QOL) and the level of hopelessness of family members of chemical dependents (DQ)
Results: there was a predominance of a moderate level of hopelessness and impaired QOL, especially in the environment domain
Being single, having a lower monthly income, having a family member who uses drugs for more than five years, not being in the job market, having three or fewer people living in residence, not having their transport and being the user's parent negatively influence the QOL
Summary
A dependência de substâncias psicoativas é um problema de saúde pública em virtude das consequências nos diferentes aspetos de vida dos sujeitos diagnosticados com esse transtorno mental e nas pessoas que estão inseridas em seus vínculos familiares (Simón et al, 2019). Ao assumir o papel de cuidador do dependente de drogas, o familiar sofre impactos negativos desse comportamento em virtude da relação afetiva entre os sujeitos e por estar diretamente ligado ao cuidado o que resulta em diminuição da qualidade de vida do familiar. Torna-se evidente que em virtude do envolvimento emocional existente em relação ao familiar e da significativa carga de cuidados que necessita ser fornecido para o dependente de drogas, são fatores que podem afetar a qualidade de vida e o bem-estar de maneira em geral dos familiares (Maciel et al, 2018). Este estudo teve como objetivo analisar os fatores que influenciam a qualidade de vida (QV) e o nível de desesperança de familiares de dependentes químicos (DQ)
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