Abstract
O objetivo do estudo foi identificar os fatores determinantes para adoção de planos de opções de ações em companhias abertas brasileiras. Para tal, realizou-se pesquisa descritiva, conduzida por meio de análise documental e abordagem quantitativa, com emprego de regressão logística. A amostra foi composta por 158 companhias, com dados referentes ao período de 2009 a 2012. Os resultados evidenciaram um crescimento na quantidade de empresas que possuíam planos de opções de ações no período. Dentre os fatores tamanho da empresa, restrição de liquidez, concentração acionária, problema de horizonte, participação acionária do CEO, dualidade do cargo de CEO e presidente do conselho de administração, descritos na literatura como influenciadores para a utilização de planos de opções de ações, três se confirmaram na amostra analisada. Os fatores “liquidez corrente” no período de 2010 a 2012, “problema de horizonte” no período de 2009 a 2012 e “participação acionária” no ano de 2012. Estes achados fornecem mais evidências de relações positivas no cenário brasileiro.
Highlights
Resumo O objetivo do estudo foi identificar os fatores determinantes para adoção de planos de opções de ações em companhias abertas brasileiras
Os conflitos ocasionados pela separação de propriedade e gestão são tratados pela teoria da Agência, que teve como precursores Jensen e Meckling (1976), em um estudo no qual citam que a teoria da Agência examina as relações entre principais e agentes
4.6 Participação Acionária do CEO: Na medida em que os gestores possuem ações da própria companhia em que atuam, eles arcarão com uma parte dos custos e apresentarão menor tendência a desperdiçar a riqueza da empresa (Morck, Shleifer & Vishny, 1988)
Summary
Entre as possibilidades de remuneração existentes, os planos de opções de ações são uma das formas de incentivo de longo prazo mais utilizadas nos Estados Unidos e Europa. Em inúmeras pesquisas relacionadas a planos de opções de ações, como, por exemplo, Ding e Sun (2001), Uchida (2006), Tzioumis (2008), Dias (2010), Perobelli, Lopes e Silveira (2012), Quin (2012) e Cesari e Ozkan (2015), a ênfase encontra-se nos problemas de agência causados pela separação da propriedade e do controle em grandes corporações. Pelo reduzido número de estudos no contexto do mercado brasileiro, cabe destacar, novamente, que a investigação dos fatores determinantes para a utilização dessa forma de remuneração variável ainda se constitui em lacuna de pesquisa relevante no mercado de ações brasileiro, haja vista que, no Brasil, foram analisadas, principalmente, questões relacionadas à divulgação das informações referentes aos planos de opções de ações. Faz-se a descrição e a análise dos resultados; e, por último, apresentam-se as considerações finais do estudo
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