Abstract

Avaliou-se a ocorrência de fatores de virulência e do sorotipo O157:H7 em 120 linhagens de Escherichia coli, isoladas de 80 casos de mastite clínica bovina e 40 de mastite subclínica. Verificou-se alfa-hemolisina em oito (6,7%) linhagens, isoladas de cinco casos de mastite clínica e três de mastite subclínica e em nenhuma das estirpes detectou-se enteroemolisina. A presença de sideróforos foi encontrada em 11 (9,2%) linhagens, sete de mastite clínica e quatro de subclínica. Em duas (1,7%) estirpes isoladas de mastite subclínica, identificou-se enterotoxina STa. Observou-se efeito citopático em células vero compatível com a produção de verotoxina-VT em cinco (4,2%) linhagens, duas de mastite clínica e três subclínicas. Em uma (0,8%) linhagem isolada de mastite clínica, detectou-se efeito citopático compatível com o fator necrosante citotóxico. Nenhuma estirpe apresentou-se sorbitol-negativa no MacConkey-sorbitol, tampouco aglutinou com o sorotipo O157:H7. Os antimicrobianos mais efetivos foram polimixina B (97,5%) e norfloxacina (95,8%). Observou-se multi-resistência a dois ou mais antimicrobianos em 24 (20%) estirpes, principalmente com o uso de ampicilina e ceftiofur.

Highlights

  • Escherichia coli é um dos mais prevalentes microrganismos de origem ambiental, na gênese da mastite bovina

  • Estes fatores são constituídos por componentes lipopolissacarídicos-LPS da estrutura bacteriana, ou são representados por diferentes cito ou exotoxinas, assim como propriedades que permitem a multiplicação em meios com restrição de ferro, a multirresistência aos antimicrobianos, ou a colonização celular

  • Estudos epidemiológicos relacionam os casos de doença humana pelo sorotipo O157:H7, com o consumo de carne de origem bovina, principalmente hambúrgueres, leite e derivados, submetidos ou não à pasteurização, verduras, frutas e água

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MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizadas 120 linhagens de E. coli isoladas de 80 casos de mastite clínica e 40 de mastite subclínica em bovinos, entre o período de janeiro de 1998 a dezembro de 2003. Alfa-hemolisina foi diagnosticada em ágar sangue ovino desfibrinado (5%), a 37oC, em aerobiose, avaliada com quatro e 24 horas; as linhagens com halo de hemólise total foram consideradas alfa-hemolíticas (Sussman, 1997). As linhagens foram semeadas no ágar MacConkey-sorbitol, mantidas à temperatura de 37oC, em aerobiose, por 48 horas, para identificação de estirpes não fermentadoras de sorbitol. A associação entre a presença de mastite clínica ou subclínica e a ocorrência dos diferentes fatores de virulência foram avaliadas pelo método de qui-quadrado (exato de Fisher), utilizando o programa Epi-Info (versão 6.04) (Dean et al, 1994), considerando diferença significativa para valores de P

Enterotoxina STa positivo
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Findings
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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