Abstract

O presente estudo objetiva identificar os fatores associados ao óbito e ao abandono de tratamento dos casos novos de tuberculose em Sergipe. Trata-se de um estudo longitudinal, tipo coorte histórica, a partir dos casos novos de tuberculose diagnosticados entre 2007 e 2016. Foram consideradas todas as formas de tuberculose identificadas em Sergipe, notificadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação com desfecho definido (cura, óbito e abandono) até um ano após o diagnóstico. Foram registrados 5.989 casos novos de tuberculose, dos quais 95,4% foram incluídos no estudo, pois tinham seu encerramento como cura, óbito ou abandono. Desses, 79,3% obtiveram encerramento por cura, 12,6% por abandono e 8,1% por óbito. O abandono foi maior em homens (14,3%), nas faixas etárias de 20 a 39 anos (17,6%) e com o ensino fundamental incompleto (14,9%). A letalidade também foi maior em homens (9,2%). O Tratamento Diretamente Observado foi realizado em 52% dos casos, apresentando menores taxas de abandono (9,0%) e de óbito (6,0%). A coinfecção HIV/TB foi identificada em 4,9% dos casos, dos quais 22,7% abandonaram e 31,7% foram a óbito. Foram identificadas altas taxas de abandono e óbitos entre os casos novos de tuberculose, tendo algumas variáveis clínicas e sociodemográficas associadas aos diferentes desfechos. Compreender melhor os fatores que podem influenciar os diferentes desfechos é uma importante ferramenta, tanto no âmbito da clínica individual como nas ações de educação em saúde e planejamento de intervenções que busquem a melhoria da qualidade do acompanhamento das pessoas com tuberculose.

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