Abstract

Resumo Objetivo Investigar os fatores associados à falta de alimentação diversificada no segundo semestre de vida, pois a Organização Mundial da Saúde preconiza a introdução de alimentos variados complementares ao leite materno a partir dos 6 meses. Métodos Foram entrevistadas acompanhantes de 580 crianças que compareceram à Campanha de Vacinação de 2006 em município urbano da região Sudeste do Brasil. O desfecho “alimentação não diversificada” correspondeu à ingestão de menos de cinco grupos de alimentos (carnes, leite, frutas, legumes e feijão) nas últimas 24 horas. As variáveis associadas ao desfecho (p≤0,20) na análise bivariada foram selecionadas para análise multivariada. Razões de prevalência ajustadas foram obtidas pelo modelo de regressão de Poisson (p≤0,05). Resultados Do total, 64,5% das crianças não recebiam alimentos diversificados. Na análise múltipla, a criança não estar acompanhada pela mãe (RP=1,170) e a internação prévia (RP=1,214) foram fatores diretamente associados à falta de diversidade alimentar. O nascimento em hospital privado (RP=0,816) e a idade da criança crescente em dias (RP=0,997) se associaram inversamente ao desfecho. Conclusões Apesar de sua importância para a nutrição infantil, a alimentação diversificada no segundo semestre de vida vem sendo pouco praticada. Os fatores associados identificados devem ser considerados no âmbito das políticas públicas de nutrição e de saúde.

Highlights

  • Objective: to study factors associated with the lack of dietary diversity in the second semester of life considering that World Health Organization recommends the introduction of healthy and diversified complementary food to breast milk since the sixth month of life

  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que essa alimentação seja oportuna, adequada, inócua e com consistência e frequência adequadas à idade, para que atendam às sensações de fome e saciedade da criança, satisfazendo às suas necessidades nutricionais[2]

  • A família poderá estabelecer o aprendizado de hábitos socialmente aceitos ou inserir outros novos, contribuindo para a formação de um padrão de comportamento alimentar adequado ou não[14]

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Summary

Artigo Original

Maria Inês Couto de Oliveira[1], Renata Ribeiro Rigotti[2], Cristiano Siqueira Boccolini[3]. Resumo Objetivo: Investigar os fatores associados à falta de alimentação diversificada no segundo semestre de vida, pois a Organização Mundial da Saúde preconiza a introdução de alimentos variados complementares ao leite materno a partir dos 6 meses. As variáveis associadas ao desfecho (p≤0,20) na análise bivariada foram selecionadas para análise multivariada. Resultados: Do total, 64,5% das crianças não recebiam alimentos diversificados. A criança não estar acompanhada pela mãe (RP=1,170) e a internação prévia (RP=1,214) foram fatores diretamente associados à falta de diversidade alimentar. Conclusões: Apesar de sua importância para a nutrição infantil, a alimentação diversificada no segundo semestre de vida vem sendo pouco praticada. Os fatores associados identificados devem ser considerados no âmbito das políticas públicas de nutrição e de saúde. Palavras-chave: diversidade; consumo de alimentos; alimentação complementar; nutrição infantil; estudos transversais

Comida de panela
Internação hospitalar
Findings
Idade da criança em dias
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