Abstract
Objetivo: analisar os fatores associados à depressão, em pacientes oncológicos, durante quimioterapia. Métodos: estudo descritivo, transversal, realizado com 208 pacientes, durante quimioterapia. Utilizou-se de questionário para caracterização geral e Inventário de Depressão de Beck. Resultados: maioria era mulher, entre 40 e 79 anos, casadas, católicas, aposentadas/donas de casa, com ensino fundamental e encontrava-se sem depressão (71,2%); enquanto 17,3% apresentaram depressão e 11,5% disforia. Nas associações, encontrou-se significância estatística nas associações do Inventário de Depressão de Beck com realização de cirurgia (p=0,002), tempo decorrido desde cirurgia (p=0,014), tempo desde início da quimioterapia (p=0,030) e efeitos colaterais da quimioterapia (p=0,019). Conclusão: houve baixa incidência de depressão, contudo a frequência foi maior nos pacientes que não realizaram cirurgia concomitante, que tiveram quimioterapia iniciada até seis meses e que relataram mais efeitos colaterais durante o tratamento.
Highlights
Objective: to analyze the factors associated with depression in cancer patients during chemotherapy
Em estudo realizado com 3.370 sobreviventes de câncer na Alemanha, fatores como estar desempregado, receber pouco apoio social, estar sem tratamento, menor tempo desde o diagnóstico, saúde física prejudicada e pertencer à família de baixa renda obtiveram associações estatisticamente significantes para presença de maiores escores de depressão
Estudo realizado na Croácia em 147 mulheres com câncer de mama encontrou que a fadiga foi relacionada positivamente, enquanto que a idade e o tratamento diário no hospital foram negativamente associados à depressão medida pelo Inventário de Depressão de Beck (IDB)[3]
Summary
Taciana Cunha Arantes, Vitória Eugênia Martins, Amanda Silva Mendes, Andréa Mara Bernardes da Silva, Adriana Cristina Nicolussi. A amostragem utilizada foi proposital, sendo então selecionados os participantes considerados típicos da população pesquisada[11], ou seja, nos dias em que os pesquisadores compareciam à central de quimioterapia para coleta de dados, abordavam os pacientes, convidando-os a participarem do estudo, mediante explicação do objetivo da pesquisa e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. As informações sociodemográficas e clínicas foram obtidas dos prontuários disponíveis e com o próprio paciente, através de questionário semiestruturado, construído pelo pesquisador principal e testado previamente para adequações, o qual abordou as variáveis: sexo, faixa etária, estado civil, profissão, cidade, nível de escolaridade, religião, tipo de câncer, esquema quimioterápico, tempo desde o início e presença de efeitos colaterais da quimioterapia, outros tratamentos, como radioterapia e cirurgia, tipo e tempo decorrido desde a cirurgia, se realizada. Tabela 1 – Caracterização dos participantes quanto aos dados sociodemográficos (n=208)
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