Abstract
In 1966 the French director Francois Truffaut, one of the precursors of Nouvelle vague (new wave), launched his fi ction masterwork the fi lm Fahrenheit 451, a cinematography translation of the homonymous romance by the American writer Ray Bradbury. Nouvelle vague was a movement that created a rupture with the Hollywood esthetics and inserted the picture in a refl exive context. The fi lm Fahrenheit 451 has as protagonist Montag, a fi reman whose work is to seek, collect and burn books in a totalitarian society where books are prohibited. This research intends to study the fi lm Fahrenheit 451, based on the analysis of the fi lmic narration scenes, having as reference the concepts of the Nouvelle Vague movement in a dialogue with memory and forgetfulness
Highlights
Resumo: No ano de 1966, o diretor francês François Truffaut, um dos precursores da Nouvelle Vague (“nova onda”), lançou uma obra-prima de ficção científica Fahrenheit 451, versão cinematográfica do romance homônimo do escritor norte-americano Ray Bradbury
Este artigo busca realizar um estudo sobre a obra fílmica Fahrenheit 451, partindo da análise de cenas da narração fílmica, tendo como referência os conceitos do movimento Nouvelle Vague em diálogo com a memória e o esquecimento
Nouvelle vague was a movement that created a rupture with the Hollywood esthetics and inserted the picture in a reflexive context
Summary
Ray Bradbury, escritor norte-americano, quando lançou o livro de ficção cientifica Fahrenheit 451, em 1953, transpôs para o papel a efervescência daqueles anos. A proibição de certos livros não é uma situação vivenciada apenas no século XX, quando a literatura escrita aparece em seu ápice. Após a vivência da Segunda Guerra Mundial, imaginava-se que a repressão nesse século em relação à literatura apenas se tinha dado em sistemas totalitários. A polarização entre o capitalismo e o comunismo e o medo crescente de uma nova guerra deram argumento ao senador Joseph McCartney, o nome principal dessa perseguição, para censurar a mídia, mandar prender quem tivesse alguma literatura que fosse relacionada ao comunismo, ou até mesmo quem demonstrasse simpatia por ela. A linguagem cinematográfica é um conjunto de elementos que tornam possíveis a narrativa e a construção fílmica, atingindo o inconsciente e a memória do espectador e criando estereótipos naturalizados. O papel da memória em relação ao cinema é crucialmente importante para se poder analisar as analogias entre o real e o fictício
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