Abstract

Este trabalho apresenta a avaliação da verdura química para a extração do princípio ativo do paracetamol de comprimidos 500 mg, com otimização do processo por meio das métricas holísticas da Química Verde. A análise prévia, apontou como possibilidade a substituição da acetona, convencionalmente utilizada neste tipo de extração, por etanol. Cálculos de rendimento, testes para identificação, doseamento por UV-vis e métricas energéticas foram realizados para verificar a efetividade dos resultados vislumbrados a priori. A extração com etanol foi eficaz, atendendo os princípios 5, 6, 7 e 10 da Química Verde, resultando em: redução de solvente e diminuição de resíduos, ganho energético, e uso de solvente renovável e biodegradável. Por fim, este estudo permitiu relacionar os princípios da Química Verde com o ensino, contribuindo para uma prática mais consciente e possível de ser implementada em áreas como a Química Farmacêutica, contribuindo com a formação destes profissionais sob uma nova perspectiva.

Highlights

  • Procedeu-se as mesmas diluições com as amostras extraídas com acetona e a concentração de paracetamol foi obtida a partir das leituras de absorbância e comparação com a da curva analítica padrão (FARMACOPEIA BRASILEIRA, 2010, adaptado)

  • Para calcular as métricas energéticas para a extração do paracetamol, as experiências incluíram a medição da temperatura e o tempo ao longo dos procedimentos laboratoriais, conforme sugerem os autores Pires, Ribeiro e Machado (2018)

  • A técnica de extração do paracetamol é utilizada em disciplinas de Química Farmacêutica, Controle de Qualidade de Medicamentos, Química Orgânica e disciplinas afins com o objetivo de extrair o princípio ativo de comprimidos e realizar testes de identificação e validação do método

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Summary

INTRODUÇÃO

A Química Verde (QV), ou também denominada “Química para o desenvolvimento sustentável”, é um campo em crescimento que visa o desenvolvimento de ações científicas em conjunto a processos industriais ecologicamente corretos. Com o objetivo de inserir tecnologias mais limpas, que viabilizassem processos e produtos químicos, de maneira a evitar ou minimizar o impacto negativo causado ao homem e ao meio ambiente, a QV trouxe a oportunidade de recuperar a imagem, muito manchada, da indústria química no mundo (ANASTAS; WARNER, 1998; CARVALHO et al, 2014). Estas métricas são de utilização industrial, habitualmente ausentes no ensino, mas foram usadas neste trabalho, com um contexto educacional de acordo com as orientações de Pires, Ribeiro e Machado (2018), trazendo questões centrais como a utilização de energia e a importância que a duração dos processos tem do ponto de vista da economia energética. Na perspectiva de estimular a inserção da QV em cursos de Farmácia e incentivar atividades de ensino e pesquisa nas Universidades, este artigo tem como objetivos: apresentar metodologias para uma análise prévia de verdura química – notadamente a construção da MV, a EV e cálculos energéticos aplicados à técnica de extração do princípio ativo do paracetamol; testar experimentalmente as possibilidades de melhoria e otimizar a verdura química do processo, bem como, apresentar uma proposta experimental sustentável e viável de ser desenvolvida no âmbito do ensino

Técnica de extração do paracetamol
Construção das métricas
Consumo de Pontos Fortes
C14. Riscos devido ao uso de equipamentos
Eficiência Energética
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Testes experimentais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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