Abstract
Este artigo examina a relação entre os museus e a história esquecida do Cosmorama, uma prática imersiva de visualização de imagens que se popularizou nas cidades ocidentais na primeira metade do século XIX, sobretudo sob a forma de exposições. Apresentados principalmente em galerias urbanas e, pontualmente, em alguns museus da época, poucos vestígios materiais desta cultura óptica sobreviveram nas colecções museológicas de hoje, contribuindo tanto para a sua ausência generalizada do campo da história das exposições, como para a sua “perda” museológica. Este texto tem por objectivo redefinir o lugar museológico das exposições de cosmorama a partir da apresentação dos objectivos e desenvolvimentos do projecto de investigação “CURIOSITAS: Espreitar antes da Realidade Virtual. Uma Arqueologia dos Media Imersivos através da Realidade Virtual e dos Cosmoramas Ibéricos” (2022-2025) que estuda estas exposições numa perspectiva de humanidades digitais. Numa primeira fase, são identificadas características para-museológicas dos cosmoramas e discutidas hipóteses que podem explicar a sua atual invisibilidade museológica. Subsequentemente, descreve-se o alcance internacional e os princípios metodológicos que orientam este projecto, propondo-se novas soluções possíveis para reavaliar e reintegrar este património esquecido nas práticas e discursos museológicos de hoje e do futuro.
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