Abstract

O artigo analisa a capacidade de inovação de firmas de baixa intensidade tecnológica, com base no ‘Modelo das Capacidade de Inovação’. O Modelo compreende a capacidade de inovação da firma a partir de quatro outras: desenvolvimento, operação, gestão e transação. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo em duas firmas agroindustriais da região dos Campos de Cima da Serra no Rio Grande do Sul/Brasil. As firmas investigadas apresentaram as quatro capacidades previstas no modelo, sendo que uma delas se destacou em cada firma: a capacidade de transação na primeira empresa e a de operação na segunda. Não houve destaque para a capacidade de desenvolvimento, como previsto para firmas de baixa intensidade tecnológica, mas isso não significa que as firmas não tenham rotinas que envolvam a inovação. Essa visão mais abrangente da capacidade de inovação, proporcionada pelo modelo utilizado, contribui para complementar os estudos sobre a complexa natureza do processo inovativo nas firmas. Os resultados apontam também para a necessidade de repensar alguns aspectos do modelo e aplicá-lo novamente no contexto low-tech.

Highlights

  • Uma preocupação central atualmente das áreas de conhecimento que estudam a competitividade da firma é compreender o seu processo de inovação, visto que a inovação, na forma de progresso tecnológico, é um dos principais elementos para se explicar o dinamismo de funcionamento da economia capitalista

  • O objetivo deste estudo exploratório foi fazer um exercício de aplicação de um modelo que analisa a capacidade de inovação da empresa a partir de um olhar amplo e que defende que tal capacidade é constituída por rotinas presentes em diferentes áreas e essas são capazes de explicar como se dá a diferenciação da firma no mercado

  • A. Types of innovation in low-technology firms of emerging markets: an empirical study in Brazilian Industry

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Summary

INTRODUÇÃO

Uma preocupação central atualmente das áreas de conhecimento que estudam a competitividade da firma é compreender o seu processo de inovação, visto que a inovação, na forma de progresso tecnológico, é um dos principais elementos para se explicar o dinamismo de funcionamento da economia capitalista. Um olhar para a literatura especializada aponta que os estudos a respeito da inovação têm, em geral, focado nas especificidades de setores produtivos, empresas industriais e de serviços ou em produtos de alta tecnologia. Se a inovação é entendida como um elemento central para a sobrevivência e aumento da competitividade das empresas, entende-se que tal fenômeno mostra-se presente em qualquer setor produtivo, independentemente de ser de alta, média ou de baixa tecnologia e em firmas de qualquer atividade. Entende-se a relevância do modelo escolhido para analisar empresas de setores de baixa intensidade tecnológica, onde, em geral, as atividades inovativas não têm centralidade exclusiva na área tecnológica, mas precisam atingir outras áreas a fim de conferir à firma condições distintas para competir.

CAPACIDADE DE INOVAÇÃO DA FIRMA
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
CARACTERÍSTICAS DAS CAPACIDADES DE INOVAÇÃO
Firmas Investigadas
RENOVA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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