Abstract
Considerando que saber usar estratégias metodológicas adequadas aos objetivos de ensino-aprendizagem pretendidos, saber planejar e executar planos de ensino-aprendizagem contextualizados, e se possível interdisciplinar, representa hoje competências profissionais fundamentais para o exercício da profissão de professor, e ainda, considerando que usar espaços não formais no ensino formal pode ser uma importante possibilidade e estratégia didática para a promoção de um ensino escolar contextualizado e interdisciplinar, conforme apontaram os Parâmetros Curriculares Nacionais, na segunda metade da década de 1990, e recentemente ratificados pela Base Nacional Comum Curricular, este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida em 2019, com o objetivo de conhecer e analisar experiências educativas em espaços não formais que tiveram um grupo de licenciandos em Ciências Biológicas durante o período em que cursaram a Educação Básica. Como técnica e instrumento de coleta de dados, a pesquisa usou questionário com perguntas do tipo fechadas e do tipo aberta. Os resultados mostraram que esses licenciandos, na sua quase totalidade, não tiveram nenhuma oportunidade de experimentar aulas com uso desses espaços em seu processo formativo escolar no nível da Educação Básica.
Highlights
O processo de democratização da educação escolar trazido com a aprovação da atual Constituição Federal (CF), em 1988, recai sobre a escola e seus professores o grande desafio de pensar e implementar métodos de atuação pedagógica, coerentes com as atuais e diferentes necessidades educacionais de todas as pessoas que da escola têm o mesmo direito
As a technique and instrument of data collection, the research used a questionnaire with closed and open type questions. The results that these undergraduates, in their almost totality, did not have any opportunity to experiment with classes using these spaces in their school formative process at the level of Basic Education
Contribuições dos espaços não formais para o ensino e aprendizagem de ciências de crianças com Síndrome de Down
Summary
O processo de democratização da educação escolar trazido com a aprovação da atual Constituição Federal (CF), em 1988, recai sobre a escola e seus professores o grande desafio de pensar e implementar métodos de atuação pedagógica, coerentes com as atuais e diferentes necessidades educacionais de todas as pessoas que da escola têm o mesmo direito. As ideias sobre o que tomamos por método de ensino escolar, são e sempre foram influenciadas pelas pesquisas de diferentes áreas de conhecimento – a Psicologia, a Sociologia entre outras – e pelo contexto social, político, histórico, econômico, científico, tecnológico e cultural (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2011). Por influencia das teorias cognitivistas e o construtivismo, acredita-se que a aprendizagem escolar é significativamente influenciada pelos diferentes meios – físico, social, histórico, cultural, econômico..., nos quais o sujeito cognoscente se insere de forma intencional ou não intencional (BRASIL, 1998; OLIVEIRA, 2000; PORTILHO, 2009). Assim como discorre Marandino (2017), não é simples, e talvez nem seja possível classificar, literalmente, ensino, aprendizagem, educação e os espaços em formal, não formal e informal, pois sempre haverá uma situação em que há sobreposição desses processos e espaços. Frente ao que foi apresentado, este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida no segundo semestre de 2019, com o objetivo de conhecer e analisar experiências educativas em espaços não formais que tiveram um grupo de licenciandos em Ciências Biológicas, durante o período em que cursaram a Educação Básica
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