Abstract

Este trabalho analisa o processo através do qual Roberto Mangabeira Unger desenvolve a dimensão explicativa de sua obra num esforço para imaginar novos arranjos institucionais e formular proposições programáticas. O conceito que melhor descortina essa intersecção de pensamento explicativo com imaginação institucional é o de experimentalismo democrático, dirigido às esferas da política e da economia. Sustento que esse esforço do pensamento ungeriano contribui para diminuir a dificuldade histórica que a teoria política da esquerda sempre teve com a questão institucional. Desse modo, Unger tenta reabilitar a ideia de que a contínua reinvenção das instituições é a base da democracia.

Highlights

  • Experimentalismo e democracia em Unger Carlos Sávio TeixeiraA experiência de dupla frustração do pensamento progressista nos últimos dois séculos – de um lado, a incapacidade de implantação de uma ordem pós-capitalista a partir das regras democráticas e sem recurso à violência e, de outro, as dificuldades para a manutenção da ordem socialista, mesmo quando fundada no autoritarismo político – representa uma das circunstâncias mais desafiadoras para qualquer teoria política que se pretenda transformadora

  • Mas é importante destacar, logo de início, que o pensamento de Unger, em seu esforço de unir explicação e proposta, recupera grande parte da agenda teórica do século XIX

  • how Roberto Mangabeira Unger develops his work toward the effort to imagine new institutional arrangements

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Summary

Experimentalismo e democracia em Unger Carlos Sávio Teixeira

A experiência de dupla frustração do pensamento progressista nos últimos dois séculos – de um lado, a incapacidade de implantação de uma ordem pós-capitalista a partir das regras democráticas e sem recurso à violência e, de outro, as dificuldades para a manutenção da ordem socialista, mesmo quando fundada no autoritarismo político – representa uma das circunstâncias mais desafiadoras para qualquer teoria política que se pretenda transformadora. O experimentalismo institucional proposto por Roberto Mangabeira Unger deve ser entendido como uma resposta a essa dupla frustração. Para levar a cabo sua empreitada, ele avança na direção da imaginação programática: a formulação de um conjunto sistemático de ideias com potencial para gerar uma dinâmica capaz de iniciar a ruptura das estruturas institucionais restritivas que organizam a economia e a política na forma como as conhecemos hoje

Experimentalismo e democracia em Unger
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