Abstract

A expansão da monocultura de soja é um fenômeno recente na microrregião do Alto Pantanal mato-grossense. Assim, este artigo objetiva analisar os principais fatores propulsores para a expansão da soja na região, identificando os conflitos que emergem dessa produção e o papel da agroecologia como estratégia de resistência frente à expansão capitalista no campo. No contexto dessa expansão, é notória a bifurcação entre agronegócio, ancorado na produção de grãos para fins de abastecimento do mercado mundial, e a agricultura camponesa, voltada à produção familiar de alimentos, inclusive agroecológica. Do ponto de vista metodológico, a abordagem envolve uma revisão bibliográfica calcada em obra de autores que tratam da questão agrária. A pesquisa e utilização de dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e, principalmente, de dados de trabalho de campo – entrevistas realizadas com os camponeses. A expansão da agricultura capitalista tem motivado conflitos e divergências entre agronegócio e camponeses, manifestando-se na contaminação do ar, solo e ar por agrotóxicos; desmatamento; dentre outras questões. Em meio às contradições no contexto de expansão da soja, emerge a perspectiva agroecológica adotada pelos camponeses. O recorte geográfico deste estudo é a microrregião do Alto Pantanal/MT, com destaque para os municípios de Cáceres e Poconé, que apresentam dados mais significativos da expansão deste monocultivo.

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