Abstract

Com base em uma ampla pesquisa de fontes primárias em arquivos de instituições no Brasil e no Chile, este artigo apresenta um panorama sobre o exílio chileno de Mário Pedrosa, durante o Governo Salvador Allende (1970-1973). Busca-se analisar as principais iniciativas culturais fomentadas pela Unidade Popular, uma coligação de partidos de esquerda, com objetivo de compreender a conjuntura na qual o autor brasileiro foi convocado. Pedrosa fez parte de um contingente de intelectuais latino-americanos exilados que colaborou ativamente na área acadêmica e, de forma ainda mais direta, na política cultural chilena, ao ser convidado para conceber o Museu da Solidariedade. Seguramente, essa instituição, formada exclusivamente por obras doadas, foi o empreendimento mais importante do governo popular, no entanto essa entidade inseriu-se em um programa cultural e político mais amplo, sendo necessário compreender o contexto geral no qual Pedrosa filiou-se. Apesar de ter se envolvido diretamente na criação do Museu, foi nas cooperativas de artesanato que Pedrosa enxergou o maior potencial comunitário da arte, cujo caráter revolucionário o crítico exaltou no artigo "Arte Culta e Arte Popular", escrito em 1975.

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