Abstract

O objetivo deste artigo foi examinar se os aprendizes brasileiros de inglês têm consciência sobre a alocação do acento nuclear de inglês, e se esta é afetada pelo tipo de sentença. Atualmente, poucos estudos têm sido conduzidos sobre a aquisição suprassegmental do inglês por falantes brasileiros. Os estudos prévios mostram que a aquisição de acento nuclear é difícil para aprendizes de inglês (ZUBIZARRETA; NAVA, 2011). No entanto, o uso adequado do acento nuclear deve ser uma prioridade para aprendizes de LE porque o seu uso inadequado leva a mal-entendidos. Os participantes foram 69 aprendizes brasileiros de inglês e 16 falantes nativos de inglês. A sensibilidade ao acento nuclear na LE foi medida num teste de percepção que apresentou sentenças com filtro passa-baixa que variavam nos padrões de entoação. Os resultados mostraram que os aprendizes brasileiros de inglês manifestavam uma sensibilidade mais baixa ao acento nuclear de inglês que os falantes nativos de inglês (F(1, 83) =55.95, p <.001, η2 =.40). Além do mais, a sensibilidade variava em função do tipo de sentença, de tal maneira que somente as orações que terminavam em categorias funcionais (76%) mostravam desempenho acima do nível estatisticamente esperado ao acaso. Nas orações inacusativas (40%) e desacentuadas terminadas em informação dada (52%), o desempenho estava abaixo ou no nível estatisticamente esperado ao acaso. Os resultados sugerem que instrução explícita sobre a prosódia de L2 seria benéfica inclusive aos aprendizes brasileiros de inglês com um nível avançado de proficiência.

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