Abstract

O intemperismo sobre as rochas carbonatíticas do complexo de Juquiá (SP) gerou uma jazida residual de fosfato apatítico com teores médios de 16% em P2O5 A rocha original é um carbonatito do tipo beforsito, que ocorre de maneira contínua, expondo, no atual nível de erosão, uma área de cerca de 2km² de material carbonatítico, o que não é comum nos maciços alcalinos com carbonatitos, onde estas rochas costumam ocorrer apenas como diques e veios. A rocha primária é formada basicamente por dolomita rica em ferro e manganês e apatita (fluoridroxiapatita). Magnetita, barita e flogopita são acessórios, podendo chegar a 5% do volume da rocha. Barita hidrotermal é facilmente encontrada em veios de até 1m de espessura. A apatita primária pode chegar a 50% do volume da rocha original, sendo este o fator responsável pela manutenção das estruturas primárias em grande parte do manto de alteração e ainda pelos altos teores do minério residual. As fácies de alteração provenientes do carbonatito representam um evento de dissolução dos carbonatos, seguido por reciclagem da apatita primária, com produção de apatita secundária. As composições mineralógica e química dos materiais estudados integradas às suas relações morfológicas permitiram considerações sobre o comportamento dinâmico das principais espécies químicas envolvidas, ressaltando: - lixiviação intensa de CO3(2-), Mg2+, H4SiO4, SO4(2-) e K+, - reciclagem no perfil de PO4(3-), Ca2+, Ba2+ e subordinadamente CO3(2-)e - fixação preferencial e lixiviação eventual de Fe3+, Ti4+, Al3+ e Mn4+.

Highlights

  • Weathering of rocks of the alkaline carbonatitic complex of Juquiá (State of São Paulo, Brasil) resulted in a phosphatic residual ore with average 16% P20S' The primary rock cantains iron and manganese - rich dolomite and apatite

  • Cavidades romboédricas e eventualmente lenticulares da dissolução dos carbonatos; - ocupação parcial das cavidades pseudomórficas por produtos secundários oxihidróxidos de Fe e/ou Mn, amarelos, castanhos e pretos, e apatita em cristais hexagonais pris

  • Os veios de barita encaixados no carbonatito alterado do Morro do Serrote mostram vários estágios de evolução associados às diferentes fácies de alteração da rocha

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Summary

INTRODUÇÃO

1.1 O complexo alcalino-carbonatítico de Juquiá O complexo alcalino de Juquiá localiza-se no sudeste do Estado de São Paulo (47°21' oeste e 24°24' sul), no município de Registro. É também uma situação muito favorável ao estudo da alteração dos carbonatitos, já que praticamente não há influência das outras rochas em sua evolução, com exceção das zonas de contato. Os estudos sobre fosfatos lateríticos efetuados principalmente sobre materiais sedimentares indicam que a evolução completa conduz a recristalizações dos fosfatos, normalmente na seguinte ordem, causando uma zonalidade vertical nos perfis de alteração: Rev. IG, São Paulo, 14(1), 5-20, jan.ljun.ll993 fosf. Em particular a crandalita, são estruturas favoráveis à fixação de diversos elementos, como Sr, Ba, ETR, U, Th e outros elementos comumente encontrados nas rochas dos complexos alcalino-carbonatíticos. Dessa forma, explicar-se-ia o ciclo do fósforo no perfil, elemento até certo ponto residual, mas com sucessivas reciclagens determinadas pelas condições físico-químicas dos meios

OBJETIVOS E METODOLOGIA
CARACTERIZAÇÃO DA ROCHA SÃ
O PERFIL DE ALTERAÇÃO
Isalterita inicial
Isalterita evoluída
Materiais aloteríticos
Veios de barita
O FÓSFORO E OS FOSFAlDS NO PERFIL DE ALTERAÇÃO
DISCUSSÃO
Findings
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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