Abstract

OBJETIVO: Realizar um breve percurso sobre o desenvolvimento conceitual de um dos construtos psicológicos de maior evidência nos dias atuais, a saber: o transtorno de personalidade antissocial (TPAS). Especificamente, esse percurso se realiza no sistema categórico proposto pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), o Manual Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais (DSM). MÉTODO: Utilizou-se a revisão literária sobre a evolução e a avaliação do construto associada a pesquisas empíricas consultadas nos principais livros e periódicos de reconhecimento internacional na área, tais como: Personality and Individual Differences, Psychological Medicine, Annual Review of Clinical Psychology, Psychological Bulletin, Journal of Abnormal Psychology, Journal of Personality Assessment, International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology, Aggression and Violent Behavior, Handbook of Psychopathy, entre outros. RESULTADO: Observa-se que o diagnóstico do TPAS é baseado nos critérios categóricos e não dimensionais. Isso significa que o sistema não consegue predizer a priori a variabilidade (intensidade) dos traços desse transtorno por ser o DSM desenvolvido no reconhecimento de sintomas e síndromes. CONCLUSÃO: Apesar de o TPAS ter passado por diversas revisões e de apresentar insuficiência taxonômica, ele ainda é amplamente utilizado no diagnóstico e no prognóstico clínico de condições relacionadas ao comportamento social desviante.

Highlights

  • this guide is realized in accordance to categorical system raised by

  • This article uses a literature revision about the evolution and assessment of the construct associate to empirical studies counseled in main books and journals worldwide recognized in the area

  • Dimensional models of personality disorder: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders Fifth Edition and beyond

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Summary

Revisão de Literatura

Keywords Personality disorders, antisocial personality disorder, DSM, categorical and dimensional diagnostic system. Essa foi uma das premissas que levaram a Associação Americana de Psiquiatria (APA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a desenvolverem critérios mais parcimoniosos e consensuais para diagnosticar os distúrbios mentais, entre os quais estão os Transtornos de Personalidade. Comparando-se esses sintomas aos critérios diagnósticos dos manuais, observase que estes últimos reportam mais classes comportamentais do que afetivas, tornando difícil a identificação de uma outra condição clínica, considerada pelo CID e pelo DSM como equivalente ao TPAS, qual seja a PP11-15. Apesar da utilização de manuais como referências para formular o diagnóstico dos transtornos de personalidade, o DSM é indiscutivelmente um dos grandes sistemas de classificação utilizado por pesquisadores de diversos países junto com o CID-1016. À medida que as categorias diagnósticas eram sistematizadas pela APA, formas de classificação dos transtornos mentais foram necessárias para tornar seu reconhecimento mais fácil. A Associação se preocupou em descrever as desordens da personalidade unicamente em termos de traços psicológicos, superando a abordagem condutual então presente no DSM-I

Perturbações transitórias de personalidade
Dependente Anancástico
Algumas considerações sobre o DSM como sistema diagnóstico categorial
Depreciativa e equiparada à condenação da justiça
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